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Tudo a dormir no Tik Tok! André Ventura soma quase meio milhão de seguidores enquanto melhor dos opositores nem aos 80 mil chega...

Já atingiu perto de meio milhão de seguidores contra os mil de Luís Montenegro, que dá passos tímidos no Tik Tok. Como o líder do Chega usa a rede "dos putos" para viralizar conteúdos e diz o que quer, deixando os concorrentes "a dormir".
25 de abril de 2025 às 08:35
Rei do Tik Tok. Como André Ventura pisca o olho aos mais novos sem concorrência dos opositores nesta rede social
Rita Matias e André Ventura
André Ventura
Rita Matias e André Ventura
André Ventura

Assim que se estabeleceu como líder do Chega, percebeu-se que André Ventura iria assumir um estilo mais disruptivo, populista e que a sua forma de comunicar com os eleitores se iria afastar da convencional. Foi, por isso, dos primeiros políticos a ter conta no Tik Tok, onde é bastante assíduo e pisca o olho às gerações mais jovens, publicando três a quatro vídeos por dia, que podem ir de simples brincadeiras, resumos das suas participações em programas televisivos ou comentários sobre o que está na ordem do dia, numa visão de menos de um minuto de determinado assunto, que acaba por centrar no seu ponto de vista.

@andre_ventura_oficial

Se Luís Montenegro não tem competência para governar, que saia da frente e deixe o lugar para quem sabe! #SalvarPortugal #fy #fyp #portugal #viral #portugalviral #portugaltiktok

? som original - andre_ventura_oficial

O investimento nesta rede social faz com que tenha sempre milhares de visualizações em todos os vídeos, com alguns a terem passado a fronteira, tornando-se virais. O recurso ao humor acaba por ser a forma de conseguir captar o interesse de outras gerações para a política, bem como o ataque aos rivais e os temas fortes, que são os mais partilhados pelos jovens.

O avanço de Ventura com tudo nas redes sociais acabou por gerar a necessidade de os restantes partidos como que se adaptarem e irem atrás do Líder do Chega, mas a verdade é que, ou por não ser o seu palco natural, ou por não serem tão ativos, os restantes candidatos mostram mais dificuldade em conquistar seguidores, principalmente entre o Tik Tok.

A título de exemplo, Luís Montenegro tem pouco mais de mil seguidores naquela rede social, sendo que uma das últimas publicações foi a nova espécie de hino da AD, 'Deixem o Luís Trabalhar', uma música recentemente lançada e que valeu várias críticas, com o tema a ser considerado de mau gosto e a ser inclusivamente comparado pelos seguidores à música do 'Pingo Doce.'

@lmontenegro_pt Não se pode perder o que já se conquistou e ainda temos muito a construir. Juntos, nós vamos conseguir. Portugal não pode mesmo parar. #PortugalNãoPodeParar #LuisMontenegro ? original sound - Luís Montenegro

Neste capítulo, Pedro Nuno Santos leva um bocadinho melhor sobre o seu rival direto, contando com perto de 6 mil seguidores, ainda assim um número muito residual quando comparado com os quase meio milhão que já atingiu. Na sua conta, o líder socialista aborda tanto as questões que estão na ordem do dia, como tenta chegar um bocadinho mais ao coração dos leitores, através de partilhas mais pessoais, provavelmente seguindo o exemplo de Lili Caneças, que o aconselhou a ser menos sério.

@pedronunosantosoficial

E para si, qual o top de pratos portugueses?

? som original - Pedro Nuno Santos

Na guerra das redes sociais, as únicas contas que se aproximam - ainda que brevemente - de André Ventura são as de Mariana Mortágua que, ao seu estilo polémico, vai partilhando vídeos para perto de 75 mil seguidores. Aproveita o Tik Tok para desmontar temas chave e para responder diretamente a alguns dos seus opositores, como acontece frequentemente com André Ventura.

@marianarmortagua André Ventura não tem nenhuma proposta para baixar o preço das casas. A única coisa que conseguiu dizer é que vive numa casa com 30m2, o que hoje todo o país sabe que é mentira. #Chega #Habitacao #Esquerda @Bloco de Esquerda ? original sound - Flawed Mangoes

E se para quem acompanha os principais espaços noticiosos é fácil perceber que nas narrativas construídas pelos políticos nas redes sociais faltam todos os restantes lados, este pode ser, muitas vezes, o perigo para quem não consome a narrativa completa.

"As redes sociais deram alguma autonomia aos partidos na forma como comunicam com os eleitores e como constroem os eventos de campanha, o que significa que têm a possibilidade de gerir completamente a imagem que querem passar com os eventos e que, muitas vezes, não coincidem em absoluto quando nós vemos a mesma cobertura no jornalismo”, já abordou Rita Figueiras, investigadora na área da Comunicação Política e professora na Universidade Católica, em conversa com a Renascença, sendo inegável que esta se tornou numa plataforma encarada com seriedade pelos políticos para a chamada caça ao voto, ainda que, para os partidos mais conservadores, este seja um caminho ainda muito no início.


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