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Atriz Julianne Moore vê o seu livro infantil ser banido por Donald Trump. Mas há mais obras na lista negra dos Estados Unidos

'Freckleface Strawberry' é um dos livros banidos pela administração Trump, que está a analisar todas as obras que são dadas a ler nas escolas públicas.
19 de fevereiro de 2025 às 21:44
Juliane Moore Foto: Forbes Italia

Julianne Moore é mais uma na lista de autores que viram os seus livros serem banidos das escolas americanas por ordem do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América.

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A atriz,  de 64 anos de idade, e autora de 'Freckleface Strawberry', um livro que fala sobre a forma como uma menina de 7 anos aprende a aceitar as suas sardas, partilhou nas suas redes sociais a forma como foi apanhada de surpresa com esta decisão: "É um grande choque para mim ter ficado a saber que o meu primeiro livro, Freckleface Strawberry, foi banido pela administração de Trump das escolas do Departamento de Defesa".

"Estou particularmente surpreendida porque formei-me na Frankfurt American High School, uma escola do Departamento de Defesa (...) Cresci com um pai que foi veterano do Vietname e que passou a carreira no exército dos Estados Unidos da América", contou, referindo que esta obra foi feita para os seus filhos e para outras crianças que sofrem do mesmo problema, para promover uma maior aceitação.

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"Não posso deixar de me questionar sobre o que será tão controverso neste livro ilustrado para que tenha sido banido pelo governo dos EUA. Estou bastante triste e nunca pensei que isto acontecesse num país onde a liberdade de expressão é um Direito Constitucional", terminou a estrela de Hollywood.

Segundo o jornal 'The Guardian', o Departamento de Defesa afirmou estar a examinar todos os livros que tenham uma possível relação com temas como a ideologia de género ou discriminatórios da ideologia da igualdade, verificando se estão em conformidade com as duas ordens executivas assinadas por Donald Trump, depois da sua eleição, a 6 de novembro de 2024.

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A publicação afirma que o livro de Julianne Moore fazia parte da lista de livros alvo de revisão, mas que não se sabe se o mesmo será efetivamente retirado das bibliotecas das mais de 160 escolas do Departamento de Defesa.

Para além do livro de Moore, a PEN (Poets, Essayists, Novelists) revela ainda que outras obras como 'No Truth Without Ruth' de Kathleen Krull, 'A Morte do Nilo', de Agatha Christie, ou 'A Black Reconstruction in America', de WEB DuBois – que fala sobre o papel dos afro-americanos na reconstrução dos Estados Unidos, depois da Guerra Civil – foram banidos das bibliotecas públicas.

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De acordo com a mesma organização, de todos os livros que têm vindo a ser censurados ou banidos das bibliotecas públicas destas escolas, cerca de 44% têm personagens não-brancas e 39% contam com personagens da comunidade LGBTQIA+.

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