
Canções censuradas ou proibidas, músicos perseguidos, presos e exilados ou emissões de rádio controladas à força e pela força. Em Portugal era assim antes do 25 de Abril e talvez por isso a música tenha tido um papel tão importante na revolução.
Alguns estudiosos acreditam mesmo que são poucos os países do mundo onde a música teve uma ligação tão forte à luta política. A música teve o seu papel de protesto e de revolta, contribuiu pra a libertação da sociedade, mas também foi libertada. Na data em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril, recordamos por isso os tempos em que os discos eram riscados com pregos para não serem ouvidos, em que muitas canções tinham que ser ouvidas às escondidas e os músicos tinham que se encontrar clandestinamente. Recordamos as canções que nasceram contra e por causa do regime opressor que caracterizou o Estado Novo. Recordamos os tempos em que era preciso cantar a ‘liberdade’ mas também animar a malta.
‘Grandola Vila morena’ - José Afonso
‘E depois do Adeus’ - Paulo de Carvalho
‘Trova do Vento que Passa’ - Adriano Correia de Oliveira
‘O Povo Unido Jamais será vencido’ - Luís Cília
‘Companheiro Vasco’ - Carlos Alberto Moniz e Maria do Amparo
‘FMI’ - José Mário Branco
‘A cantiga é uma Arma’ - Vozes na Luta
‘O que faz Falta’ - José Afonso
‘Pedra Filosofal’ - Manuel Alegre
‘Liberdade’ - Sérgio Godinho
‘O Pecado do Capital’ - Jorge Palma e Fernando Girão
‘Tourada’ - Fernando Tordo
‘Vampiros’ - José Afonso