Agorafobia e ansiedade: Os dramas secretos de Dalila Carmo, a Cristina da série 'A Filha'
Odeia estar em estreias e eventos com muitas pessoas, só pensa fugir para o meio da natureza. Confirma ter prazer na solitude e revela que às vezes o trabalho a "engole". E alerta para as amizades menos recomendáveis que se fazem na indústria das artes
Dalila Carmo, a atriz de 49 anos de idade que temos visto no papel de Cristina Aguilar, na missérie 'A Filha', que hoje à noite termina na TVI, foi ao programa de Manuel Luís Goucha e acabou por fazer confissões pessoais, logo ela que foge de revelar a sua privacidade.
Em conversa com o popular apresentador, Dalila Carmo confessou ter medo das multidões e que deseja fugir dos locais quando tem obrigação de estar em eventos: "Às vezes sofro do problema de fazer concessões. Estou-me a sentir apertada. Quando há muita gente sinto um calor e acho que está muita gente. Nas estreias e inaugurações há uma parte de mim que deseja voltar para o sítio, para uma montanha ou para uma cascatinha".
Filha única, a atriz explica que sente ainda dificuldade em deixar entrar pessoas no seu universo e fala ainda das que são a sua rede de apoio. "Sou filha única, desejando ter irmãos. Em miúda sim, mas depois habituamo-nos a criar um mundismo pessoal", revela, sublinhando: "Posso estar sozinha mas sinto-me muito bem acompanhada. Tenho pessoas há minha volta que são extraordinárias e que me proporcionam essa rede de afetos, esse alicerce e dizem-me: vai, nós estamos aqui. Se precisares apita".
CUIDADO COM AS AMIZADES
"Sou boa companheira de mim mesma, mas às vezes negligencio as pessoas e peço-lhes perdão por isso. Às vezes não consigo estar tão atenta ou o trabalho engole-me. Sou atriz da ponta do cabelo à ponta do pé", confessa, alertando para um drama profissional com o qual já se confrontou: "Há muitas ofertas de dinheiro fácil. Hoje em dia com as redes é tentador. É publicidade paga, são os eventos. Faço algumas cedências com coisas com as quais me identifico. Esta é uma profissão instável, temos um trabalho precário e esse desespero e isso leva-nos a ter relações de amizade que noutro contexto não seriam", assegura.