Carrilho pede desculpa por ter agredido e insultado o médico Pedro Strecht

O pedopsiquiatra Pedro Strecht e o ex-ministro Manuel Maria Carrilho chegaram a acordo no passado dia 15 de janeiro, colocando uma pedra sobre o episódio em que o ex-político bateu e insultou o médico psiquiatra no corredor de um tribunal a 22 de fevereiro de 2016, no âmbito de uma tentativa de regulação do poder parental dos filhos Dinis e Carlota, fruto do casamento que teve com Bárbara Guimarães.

Pedro Strecht avança ter "desistido das queixas formuladas e do pedido de indeminização civil" contra Manuel Maria Carrilho, depois de este ter feito uma "reparação condigna e pedido de desculpas pelo uso das expressões que lhe foram dirigidas pelo arguido", expressões que reconhece como tendo sido proferidas por "negligência e desnorte no comportamento desabrido à saída da sala de audiência".

CARRILHO ARGUMENTA ESTAR SOB "PRESSÃO E DESCONTROLO NERVOSO"

Numa declaração entregue na justiça a 9 de janeiro de 2017 e agora tornada pública, Manuel Maria Carrilho reconhece os seus erros, alegando "pressão e descontrolo nervoso, por motivos da minha vida pessoal e familiar" que originaram ter usado expressões "não só indelicadas, como pondo em causa a imagem, a honra e a consideração [de Pedro Strecht], o que nunca foi subjetivamente a sua intenção", adiantando que decidiu "espontaneamente" doar mil euros à FAMSER, uma associação apoiada 'pro bono' pelo conhecido pedopsiquiatra.

Num e-mail enviado à nossa redação, Pedro Strecht relembra, contudo, que "o Ministério Público não desistiu do crime público, sobre o qual lerá sentença no próximo dia 21 (de fevereiro)".