Margarida Pinto Correia quebra o silêncio após a morte da irmã, Clara Pinto Correia
A atriz e antiga jornalista usou as redes sociais para expressar a sua tristeza com o desaparecimento da irmã mais velha.Margarida Pinto Correia já reagiu à morte da irmã, Clara Pinto Correia, encontrada morta, esta terça-feira, aos 65 anos de idade.
A atriz, jornalista e ex-mulher de Luís Represas, de 59 anos, partilhou uma fotografia antiga da irmã mais velha e escreveu apenas "Assim", dando a entender que é assim que a irá sempre recordar.
Além disso, partilhou também as inúmeras homenagens que se têm multiplicado nas redes sociais.
Clara Pinto Correia, bióloga, escritora e professora universitária, foi encontrada morta pela empregada na sua casa de Estremoz, cidade alentejana onde se refugiou depois de se retirar da vida pública.
Segundo avança a CMTV, Clara já estaria morta há uns dias mas só esta terça-feira, dia 9, foi declarado o óbito. A autópsia irá agora revelar as causas da morte.
Clara Pinto Correia foi uma das figuras mais ilustres da sociedade portuguesa além de ver o seu trabalho científico reconhecido também internacionalmente. Além de investigadora, escreveu livros, deu aulas na universidade e teve vários projetos na rádio, na televisão e na Imprensa.
Mas a conhecida bióloga passou da glória ao esquecimento e os últimos anos de vida ficaram marcados por uma imensa tristeza e desilusão, conforme a mesma fez questão de assumir numa entrevista concedida no início deste ano à revista Sábado.
Recebeu a equipa de reportagem da referida publicação na casa em que escolheu viver após ter deixado a capital e ter abandonado por vontade própria – ou empurrada pelas circunstâncias – a esfera pública. Fixou-se no centro da cidade de Estremoz e ali levava uma existência pacata... tão pacata como é a vida por aquelas bandas.
Contou nessa altura sem usar qualquer tipo de filtros [como era sua característica]: "Fiquei sem emprego, sem qualquer espécie de trabalho. Primeiro que começasse a receber o subsídio de desemprego foram quase dois anos", recordou com uma ponta de mágoa.
E assumiu ainda: "Nas filas da Segurança Social olhavam para mim de esguelha." A somar a isto, Clara Pinto Correia passou ainda por um despejo: "A minha senhoria da casa no Penedo [perto de Colares, Sintra] pôs-me uma ordem de despejo. Há 30 anos que lhe arrendava a casa e dava-me lindamente com ela." Só que por uma suposta falta de pagamento foi posta na rua. Foi aí que terá rumado ao Alentejo.