Renato Godinho tenta explicar "insulto" da sua personagem ao FCP na novela e ainda acaba mais atacado
"[Fui] ver jogos do Futebol Clube do Porto ou como é que se chama aquela porcaria"... Esta foi a frase fatal dita pela personagem Miguel Castilho em 'Papel Principal', da SIC. Os adeptos portista estão ofendidos e está montada a guerra clubística e regional.
Os adeptos portistas não acharam graça à frase e está montada uma guerra clubística com contornos regionalistas.
O ator Renato Godinho foi alvo direto de críticas e ameaças, de pessoas que não conseguem separar ficção da realidade, e o prato azedou este fim de semana nas redes sociais. Nem o facto de o humorista Fernando Rocha, portista, vir em socorro do ator acalmou os ânimos. "Eu sou teu amigo e colega, sei bem como falas do Porto quando estamos a falar dos nossos espetáculos o que pensas do povo do norte Por mim "que também sou povo do norte " continuarás a ser recebido de braços abertos, mas sabes como se diz em Rio Tinto? "manda-os apanhar no bujom" infelizmente gente grunha, há em todo lado. Abraço mano", escreveu, em jeito de apoio ao colega em apuros.
TENTATIVA DE EXPLICAÇÃO PARA TOTÓS Num longo texto no Instagram, Renato Godinho veio tentar explicar a diferença entre ficção e realidade e falas naturais de personagem e o que um ator realmente pensa. "Uma telenovela é uma obra de ficção. Boa, má? Ficção. Um ator é um profissional que interpreta personagens. Bem, mal? Personagens. As coisas que são ditas pelos atores em cena, não representam o que eles pensam ou sentem, mas sim as suas personagens. Quando uma personagem diz que a sua mãe é uma bruxa e devia morrer, por exemplo, seria muito estúpido se a mãe do ator ficasse ofendida e o deserdasse. Concordamos?", perguntou.
Não, não concordam e ripostou quem gere a página do Instagram MaisPorto com uma argumentação ainda mais obscura: "Pela lógica devemos então aceitar personagens que digam coisas como: "A guerra é ótima e devia expandir-se"; "devemos matar à nascença todos os seres da raça X"; "as relações sexuais deviam começar aos 10 anos"; Se é só uma personagem, vamos então normalizar os temas que são absolutamente condenáveis".