
Há cerca de um ano, o mundo de Ana Catarina Afonso desabou, quando o médico lhe comunicou que tinha um tumor benigno no ouvido interno. Um diagnóstico que, assegura, lhe foi comunicado de forma "fria" e que a colocou diante cenários complexos. É que a intervenção cirúrgica necessária para remover o tumor tinha riscos associados, pelo que a atriz de 48 anos de idade assume que o medo e a ansiedade começaram a tomar conta de si.
"Foi um choque interno porque eles fizeram logo questão de me dizer quais eram os riscos que estavam associados. Na interpretação do diagnóstico, depois da ressonância magnética, a forma como o otorrino disse o diagnóstico foi muito crua, como tem de ser, como eles dizem, mas eu não estava preparada para ouvir aquilo e houve um choque ali. Desde esse dia até ao dia que sou contactada pelo cirurgião para ter uma consulta e depois mais tarde marcarmos a operação, foram dez meses... Soube o que eram ataques de ansiedade, nunca tinha sentido isso na pele", contou no podcast 'A Caravana', de Rita Ferro Alvim, onde revelaria que a operação foi igualmente delicada.
Foi feita por uma equipa de neurocirurgia e demorou perto de 12 horas, sendo que a recuperação foi igualmente morosa. "Estamos aqui a falar de uma coisa benigna, felizmente. Tenho imensa sorte, mas não deixou de ser um tumor benigno, um Schwannoma, que é um tumor benigno do ouvido interno. Houve aqui uma cirurgia que teve de ser feita pela Neurocirurgia, deixou de ser uma cirurgia feita pelos otorrinos. Foi uma operação na cabeça, foi muito demorada, um dia inteiro, das 7 horas às 19 horas, foi altura em que disseram à minha mãe que eu ia sair do bloco operatório."
A artista, de 48 anos, partilhou ainda que todo o processo lhe provocou "limitações físicas muito marcantes", pelo que durante um período de tempo se isolou e evitou estar com pessoas conhecidas.