
A partilha do luto pela morte do duque de Edimburgo pode ser o momento ideal para pôr fim aos conflitos no seio da família real britânica. A posição é do ex-primeiro-ministro britânico John Major, citado pela 'Sábado', que espera que a ida de Harry ao funeral do avô ajude a resolver os problemas com a família.
John Major foi o guardião especial dos jovens príncipes William e Harry, depois da morte da mãe, em 1997, aguarda agora que os dois irmãos possam resolver as suas diferenças, aproveitando que se vão reencontrar num momento de dor.
Harry viajará dos EUA para Inglaterra pela primeira vez desde que abdicou do seu papel como membro sénior da família real, há um ano. O príncipe estará cara a cara com a restante família também pela primeira vez desde que foi transmitida a polémica entrevista do duque e da duquesa de Sussex a Oprah Winfrey e onde surgiram acusações de racismo e de silenciamento de Meghan Markle por parte da família real.
John Major afirmou à 'BBC' que "o atrito que nos dizem que surgiu é melhor ser encerrado o mais rapidamente possível". "Eles partilham emoções, partilham dor neste momento por causa da morte do avô. Acho que esta é a oportunidade ideal. Desejo muito que seja possível ultrapassar quaisquer divisões que possam existir."
Entretanto, continuam as homenagens ao príncipe Philip, marido de Isabel II, que morreu na sexta-feira, 9, aos 99 anos de idade. Este domingo o arcebispo da Cantuária, que também deve presidir ao funeral do duque de Edimburgo, celebrou uma missa onde estiveram presentes dois dos quatro filhos da rainha e do duque: André e Eduardo.
Os dois falaram durante durante a cerimónia religiosa para agradecer o apoio de todos os que trabalham no castelo de Windsor, especialmente durante os últimos anos. O príncipe André, que visitou a mãe no sábado, admitiu que a rainha descreveu a morte do marido como "tendo deixado um enorme vazio na sua vida".
O funeral de Philip está marcado para sábado, dia 17, às 15h. As cerimónias serão transmitidas pela televisão e estarão presentes apenas 30 membros da família, conforme as regras impostas pela covid-19.