Nicolas Puech, herdeiro da Hermès, quer deixar fortuna ao empregado doméstico: são mais de 10 mil milhões para marroquino

Nicolas Puech, descendente de quinta geração de Thierry Hermès e também herdeiro da famosa marca de luxo por ele fundada, decidiu, no seu testamento, deixar o seu património estimado em cerca de dez mil milhões de francos suíços (10,6 mil milhões de euros) ao seu empregado doméstico, segundo o ‘Corriere della Sera.’

Nesse caso, o homem de 51 anos, de origem marroquina, casado com uma mulher espanhola e pai de dois filhos, ficaria com um património maior que o rei de Marrocos, Mohammed VI, e até que o Banco Attijariwafa, o grupo financeiro da família real do país magrebino.

Contudo, esta vontade do multimilionário francês, que detém 5% da Hermès, está a esbarrar na oposição dos anteriores herdeiros listados no anterior testamento: a fundação suíça Isocrate, fundada pelo próprio Puech em 2011, e da qual é atualmente secretário-geral Nicolas Borsinger, ex-delegado do comité internacional da Cruz Vermelha.

Esta organização não-governamental sediada em Genebra, que tem como função principal desmascarar as ‘fake news’ e o sensacionalismo nas notícias, terá encontrado, de acordo com a publicação italiana, uma estratégia para dificultar a impugnação do documento anterior.

Agastado com a opção de Puech, Borsinger afirma mesmo que a decisão de "anular repentina e unilateralmente um pacto de sucessão foi realizada graças a um ato que se deve considerar nulo." 

Perante este cenário, somente os tribunais poderão a partir de agora tomar uma decisão final sobre quem será efetivamente o destinatário dos fundos do magnata octogenário.