Os tempos que Espanha teve duas rainhas: a oficial e a do coração
O rei emérito não pode nem ouvir falar no nome da antiga amante, mas Corinna Larsen já foi uma das pessoas mais importantes da sua vida. Isso foi muito antes dela o ter denunciado às autoridades.
A jornalista e cronista de assuntos da realeza, Pilar Eyre, volta a escrever sobre a antiga amante do rei emérito nas páginas da revista 'Lecturas'. Novos pormenores desta tão tumultuosa relação de amor vêm agora à luz do dia e provocam ainda mais polémica.
Se hoje nem pode ouvir falar de Corinna Larsen, houve tempos em que o pai do rei Felipe VI não via mais ninguém para além da bonita e elegante alemã. Tinha uma verdadeira obsessão pela amante: "Nunca vi ninguém tão enamorado por alguém. Parecia hipnotizado. Ela não seguia qualquer protocolo com o rei e era ele que andava sempre atrás dela", contou um amigo de Juan Carlos a Pilar Eyre.
A ligação entre o rei e Corinna era tão forte que Alexandre, o filho da alemã, convivia com Juan Carlos como se fosse seu filho: "No início do namoro começaram por falar durante horas ao telefone, como dois adolescentes. 'Desliga tu', 'Não, desliga tu'. Juan Carlos até a incumbiu de tratar da viagem de lua-de-mel de Felipe e Letizia para a ter mais perto de si. Depois começaram as viagens regulares a Londres... até que lhe propôs viver em La Angorrilla, a 10 minutos da Zarzuela, com o seu filho Alexandre, que às vezes o tratava de 'papá' e às vezes 'tio rei'", contou a mulher que já revelou tantos segredos dos Borbón.
Corinna aceitou mudar-se para Madrid mas com duas condições: que Juan Carlos não tivesse mais nenhuma mulher para além dela e que pudesse acompanhá-lo para todo o lado. Não queria continuar escondida. O rei aceitou. Comunicou à sua amante de sempre, a espanhola Marta Gayá, que a relação deles chegava ao fim e comunicou ao presidente do Governo, Rodríguez Zapatero, que o seu casamento tinha chegado ao fim. Espanha passava a ter duas "rainhas", a oficial e do coração do rei.