
Ao longo dos 24 anos do reinado de Henri a grã-duquesa Maria Teresa, nascida em Cuba há 68 anos no seio de uma família rica e que se exilou por causa do regime comunista de Fidel Castro, sempre esteve rodeada de muita polémica. Uma dessas polémicas tem a ver com o facto de Maria Teresa ter sido a responsável por gerir (muito mal) as finanças da instituição. Além disso, também foi sempre ela que tomar as decisões quanto à política de recursos humanos do palácio. Nem mesmo o marido - diz-se - conseguiu alguma vez impor-se a esta mulher que é tida como muito caprichosa.
Talvez por tudo isto, Henri tenha decidido abdicar do trono a favor do príncipe herdeiro Guilherme. "Decidi entregar o cargo ao príncipe Guilherme. Com todo o meu amor e confiança, desejo-lhe uma liderança feliz. Olhemos para o futuro com otimismo, sabendo que só juntos podemos alcançar grandes feitos", lia-se no comunicado oficial do grão-duque.
Agora, com a aproximação da data em que a grã-duquesa sairá de cena - está estipulada a data de 3 de outubro - os súbditos respiram de alívio, pois não é segredo para ninguém que a cubana nunca conseguiu conquistar o coração do seu povo, especialmente pelas inúmeras polémicas em que esteve envolvida.
Só que ninguém acredita que Maria Teresa vai conseguir manter-se longe do poder e deixar de controlar tudo o que se passa no palácio. E, embora o primeiro-ministro do Luxemburgo, Xavier Bettel, tenha vindo dizer que não há qualquer lugar pensado para a grã-duquesa após a sua saída, esta se dará por satisfeita em viver na sombra do filho e da nora.
A humilhação para a cubana foi tão grande que a cubana já respondeu de forma indireta a Bettel: "Poderei [após a reforma] expressar-me com mais liberdade e sem ser controlada ou contida", avisou Maria Teresa à revista 'Elle' luxemburguesa. Bettel que se prepare!