
Letizia é um nome que hoje faz parte do quotidiano em Espanha, mas nem sempre foi assim: na década em que Letizia Ortiz nasceu, somente 28 bebés receberam esse nome, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística de Espanha, onde é habitualmente escrito com ‘c’ e não ‘z’.
Então, qual o motivo para esta futura jornalista e posteriormente rainha ter recebido um nome tão raro dos pais, Paloma e Jesús? As teorias começaram por ser várias: que o funcionário do registo civil tinha origem italiana, país no qual é costumária a grafia Letizia, tendo-se enganado ao anotar o pedido da mãe, ou mesmo que esta própria tenha errado ao soletrá-lo.
Porém, o ‘El Mundo’ afirmou ter descortinado o segredo que desbloqueia este mistério. A progenitora da mulher de Felipe VI era fã do grupo Viva la Gente, que teve sucesso nessa década. Uma das cantoras era italiana e de nome Letizia e este agradou-lhe.
No entanto, no momento do registo, Jesús Ortiz esbarrou num obstáculo: o nome não poderia ser Letizia, porque este não estava no calendário hagiológico. Determinado a cumprir a vontade da companheira, Jesús, que não aceitou a hipótese de chamar à filha María Letizia por não gostar de nomes compostos, contactou um assunto em especialista em assuntos religiosos para tentar resolver a situação.
Eis que aí, este lhe informou de uma Virgem que se encontrava num santuário italiano, de nome Madonna della Letizia, facto este que levou a que o registo aceitasse o pedido de Jesús Ortiz, podendo inscrever a filha como Letizia Ortiz.
O caso de Letizia provou ainda como a influência de um nome de uma rainha ou futura rainha, não pode ser desvalorizado. Se na década de 1990, foi dado a 51 neonatos em Espanha, na década seguinte, ainda antes de ver o marido ascender ao trono, o este número passou para 225.