
Carlos e Camilla Parker Bowles casaram-se a 8 de abril de 2005, numa cerimónia sem pompa, no castelo de Windsor. Foi o culminar de uma relação que provocou muita polémica e, sobretudo, antipatia contra a mulher que foi vista como aquela que arruinou o casamento da princesa Diana com o então herdeiro do trono de Inglaterra.
Com esta união, a nova nora de Isabel II não recebeu o título de princesa de Gales, por estar associado a Diana, que passou a ser ainda mais idolatrada depois da sua morte, ao contrário de Camilla, que, durante os primeiros anos, foi uma figura muito impopular.
Tendo consciência disso, o Palácio de Buckingham resolveu, na altura, recorrer aos serviços de Mark Bolland. Um homem que assumiu a si a tarefa de tornar Camilla numa figura mais apresentável aos olhos dos súbditos, mas também aos olhos do mundo.
Havia que "adoçar" a imagem da atual mulher do rei e fazer esquecer epítetos como "bruxa má" e "rottweiler". E ninguém melhor do que o antigo secretário pessoal e guru de imagem do então príncipe Carlos para o fazer. Bolland, descrito no livro 'Courtiers', de Valentine Low, como "inteligente, charmoso, manipulador" e "um dos atores mais pitorescos e interessantes do drama real dos últimos 30 anos", já se foi há muito tempo da vida no palácio.
Este guru da imagem deu por concluída a sua tarefa em 2002. "O primeiro trabalho de Bolland foi tornar Camilla mais apresentável. E ele foi muito, muito bem-sucedido. Muito bom nisso", disse um observador real. "Se olharmos para Camilla agora, ela está no conselho privado. Ela era uma das favoritas da rainha. E quando ela se tornou rainha consorte, foi o ponto alto do trabalho que Bolland começou."