Ainda a polémica: acusação de Bruno, do 'BB', é arquivada no instituto de doação de sangue
O arquiteto foi impedido de dar sangue no início do ano por ser homossexual, a denúncia chegou à Assembleia da República e motivou a DGS a reavaliar o 'Questionário para o dador de sangue', mas agora o IPST decidiu outra situação nos inquéritos internos.
A queixa do concorrente do 'Big Brother' Bruno Gomes d'Almeida contra os profissionais do Instituto Português do Sangue (IPST), alegando discriminação dos homossexuais na doação do sangue, foi arquivada, noticia esta terça-feira, 21, a 'Lusa'.
De acordo o instituto, os inquéritos de averiguação concluíram não haver factos que justifiquem infração disciplinar.
Recorde-se que Bruno tornou-se conhecido em janeiro quando revelou ter sido impedido de dar sangue por ser homossexual. A acusação do agora concorrente do 'BB' motivou a reavalição de uma das normas da Direção Geral de Saúde, numa discussão na Assembleia da República, e em seguida o 'Questionário para o dador de sangue' foi atualizado.
"Foi igualmente realizada a formação de todos os profissionais de saúde qualificados, dos três Centros de Sangue e Transplantação do IPST, estando planeada, a partir de outubro, a atualização para profissionais de saúde de todos os serviços hospitalares", adiantou o organismo.
Esta terça-feira, contudo, foi revelado que foram arquivados os três processos das alegadas práticas discriminatórias: um dos inquéritos visava um médico que, numa resposta por mail, escreveu que "os homens que têm sexo com homens estão impedidos de dar sangue"; os outros dois processos eram referentes aos profissionais que fizeram a triagem a Bruno Gomes d'Almeida.
A diretora do IPST, Maria Antónia Martins, disse no início do ano que "os nossos profissionais não são pessoas discriminatórias, são pessoas inclusivas, são funcionários públicos que tudo dão a esta instituição", mas não negou que a norma sobre o período em que os dadores devem ficar suspensos de dar sangue devia ser clarificada para que não haja "sequer a possibilidade de ter duas leituras".