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Crime

Cláudio Valente: o tipo das piadas e jantaradas que entrou no "buraco negro" face ao seu fracasso

Colega do homicida no Instituto Superior Técnico recordou os anos na faculdade, antes de Cláudio ter entrado no seu período mais negro.
21 de dezembro de 2025 às 19:12
Colega recorda Cláudio Valente, do Técnico, antes do período negro Foto: Flash

Cláudio Valente tornou-se num dos grandes mistérios do momento, depois de ter morto a tiro dois estudantes da sua antiga Universidade, de Brown, e o seu antigo colega do Instituto Superior Técnico, Nuno Loureiro, que era uma referência da Física nos Estados Unidos.

O crime fica mais difícil de esclarecer, uma vez que os envolvidos estão ambos mortos. No entanto, o choque é o sentimento geral entre todos aqueles que privaram com Cláudio, com as reações a multiplicarem-se. E se há quem aponte um perfil extremamente competitivo ao Físico, há quem também ainda não encontre palavras para explicar tamanha mosntruosidade.

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Ao Diário de Notícias, Luís, um antigo colega do Técnico, admite não conseguir acreditar nesta notícia, mediante o Cláudio que conheceu e acompanhou ao longo dos anos.

Cláudio Valente, envolvido no caso Nuno Loureiro, viajou de Miami para Boston. Foto: Flash
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“Ele era perfeitamente integrado. Ia ao jantares de curso, ia aos super-arraiais, dizia piadas, ia ao cinema connosco, aos centros comerciais. E na altura sabia onde ele vivia — vivíamos todos, os de fora de Lisboa, em quartos alugados, não íamos a casa uns dos outros, mas jantávamos, íamos beber um copo. Ele não era mais misterioso que a maioria. Não era um outsider. Não se isolou mais que outros. O Cláudio era perfeitamente normal. Até desistir do doutoramento em Brown, ao fim de um ano de lá estar, em 2001", disse ao jornal, acrescentando que terá sido bem depois de ter saído de Portugal e regressado aos Estados Unidos que começou a sua curva descendente, que o fez mergulhar, acredita, num lugar escuro.

"A partir do momento em que ele voltou aos EUA perdemos-lhe todos o rasto. O decaimento dele, a entrada no buraco negro dentro da sua cabeça que desembocou nestas consequências trágicas, terá começado algures por essa altura. O ressentimento em relação a Brown, a incapacidade de lidar com o seu fracasso — ou o que ele entendia ser o seu fracasso, ou a sua desilusão, não sei como entendia o seu percurso", diz, assumindo que isso fez Cláudio tornar-se numa pessoa completamente diferente daquela que conheceu.

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"Ele não era um monstro. Se fosse um psicopata, teria sido uma coisa instantânea. Mas ele não o era."

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