Com Sara Barradas ao lado, José Raposo chora por Maria João Abreu
Filipe La Féria presta homenagem à malograda atriz, no Politeama, e deixa família e amigos emocionados. "As lágrimas não fizeram um intervalo nos meus olhos", confessa o ator e ex-marido.
Filipe La Féria rendeu uma grande homenagem a Maria João Abreu (1964-2021) e a José Raposo, que dirigiu em vários espetáculos, no Teatro Politeama, em Lisboa, após mais uma sessão de 'Revista é Sempre Revista', que conta com a participação de Ricardo Raposo, um dos dois filhos do casal. A emoção tomou conta de todos, numa plateia que contava com muitos artistas famosos, como Fernando Mendes, Carlos Cunha, Isabela Valadeiro, Carlos Areia, Luís Alberto e João Soares, o marido da atriz.
"Foi linda a tarde de anteontem, sábado, no Teatro Politeama! Uma homenagem do Filipe La Féria à Maria João e a mim próprio, que muito me sensibilizou e honrou! É que, vindo dos nossos pares, de alguém que conhece como poucos os que trabalham nas tábuas, tem outro sabor! As emoções estiveram ao rubro, porque de muito amor se tratou este encontro entre nós (a João estava presente, representada pelo nosso filho Miguel, sentado na cadeira com o seu nome gravado!), família, amigos, colegas e público!", disse José Raposo, de 60 anos de idade, em lágrimas, que se fez acompanhar da mulher, Sara Barradas: "E a melhor homenagem desta tarde aconteceu com a fabulosa actuação do Ricardo, que fez com que as lágrimas não fizessem um intervalo nos meus olhos, coisa que aconteceria naturalmente com a João, pois sei que, vê-lo tão bem neste género que tanto fizemos durante anos, ia fazê-la felicíssima! Estou, por tudo, muito grato ao Filipe La Féria!"
O filho de Maria João Abreu e de José Raposo ficou também muito orgulhoso com a homenagem do consagrado encenador no Politeama. "Aconteceram amor, respeito, honra, ternura. Em primeiro lugar, pela iniciativa que muito me sensibilizou e agradeço do grande Filipe La Féria de homenagear os meus pais. E, acima de tudo, pela ligeireza com que os presentes acataram essa homenagem com dignidade e soberba, o que me leva uma vez mais a crer que, conhecendo-os como conheço, a melhor análise que posso fazer é de que devemos ser simples e estar para os outros. Amar", partilhou Ricardo, acrescentando: "Não é pelo tão-só talento que se dá esta imensidão de afeto numa homenagem a duas pessoas, mas também pela matéria de humanização que há nesta atriz e neste ator, que são, em primeiro lugar, pessoas. Excelentes. E o Miguel, que esteve presente, sabe que é o meu grande amor, o meu irmão, o meu amigo, terapeuta amador pro bono, tudo lhe devo."
A terminar, Ricardo Raposo ainda deixou "um grande beijo de carinho por todas/os as/os colegas" que o mimaram, "como se não houvesse hoje": "Na verdadem hoje acordei e vi que ‘hoje’ existia e o que é facto é que vou ter matinée daqui a umas horas e vão lá estar todos outra vez com o mesmo carinho. Viva o teatro, e viva a vida. Estão de mãos dadas."