"Estiveste na cabeceira do hospital". A amizade de irmãos entre Joaquim Monchique e Maria Rueff, juntos nos momentos mais difíceis

Há figuras públicas que, pela força do trabalho, se tornam mais do que colegas e mantêm uma amizade à prova de tudo. Os exemplos não são muitos, mas se tivéssemos de elencar estas relações especiais, sem dúvida que aquela que une Joaquim Monchique a Maria Rueff seria uma das mais bonitas.

Os dois conhecem-se há mais de 30 anos e desde o primeiro tempo que estabeleceriam uma relação muito especial, unidos em primeira instância pela comédia, mas depois também pelas alegrias e tristezas da vida.

"Conhecemo-nos tu já tinhas um percurso feito e estavas na Grande Noite com o Felipe La Féria e eu estava a dar os primeiros passos, e isso acabou por marcar a minha amizade contigo e com o João (Baião). Há muito tempo que fazemos comédia juntos. É uma amizade de quase irmãos. Estivemos nas situações mais tristes, mais felizes, nas viagens, em palco", lembrou Maria Rueff numa conversa que a SIC promoveu entre os dois.

Unidos pelo trabalho, os dois acabariam por iniciar uma amizade de irmãos, que os levaram a várias viagens juntos, não só a título profissional como pessoal, como à China ou Argentina. "Somos amigos porque nos entendemos e complementamos nas nossas diferenças", conta a atriz, que é mais virada para dentro, enquanto Monchique mostra um lado mais extrovertido. "Nós somos crianças grandes", admitem.

Os dois estariam lado a lado no melhor, mas também nos momentos mais difíceis, quando aconteceu no último sábado, dia 20, quando Joaquim Monchique se sentiu mal já no camarim, depois de ter estado em palco com Rueff na peça 'Lar Doce Lar'. Depois de ter sido hospitalizado, o ator foi na manhã deste domingo transportado para um hospital da rede CUF, em Lisboa, sendo que de acordo com a SIC Notícias se encontra "bem e orientado", tendo sofrido um "AVC ligeiro".

O mesmo já havia acontecido em 2019 quando Maria Rueff sofreu um enfarte do miocárdio. "Tu, o João (Baião) e o Herman (José) na cabeceira do hospital e isso eu não me esqueço (...) Encarar a morte é um momento fraturante. Quando a morte te visita, muda a tua vida. Pus tudo em perspetiva. Tudo o que vem agora é bónus, são bolas extra."