Gritaria e insultos: Joacine garante ser alvo de "ódio" e recusa renunciar a cargo na Assembleia

O lugar de Joacine Katar Moreia na Assembleia da República está em risco. O Livre tem em curso, desde sábado, 18, um congresso que visa votar a retirada ou permanência da confiança política à deputada eleita nas legislativas de outubro. 

Durante o discurso, a antiga professora universitária exaltou-se e acabou por se mostrar cansada dos constantes ataques de "ódio" de que tem sido alvo desde que foi eleita. 

"Há palavras com mais valor do que outras. Há declarações com mais valor do que outras. Não sou só eu que efetuo esta valoração, é a Mesa da Assembleia, são os membros, são os apoiantes, são vocês que vão dar valor ou retirar ao que vos apetecer ouvir. Isto que acabou de ser feito é inadmissível. Isto é mentira! Tenham vergonha! Virem para aqui dizer ao País inteiro as mentiras que acabaram de referir? Como é que isso é possível? Como é que ousam afirmar que não ouvi? Que eu não fui leal ao Partido? Que desrespeitei o que foi decidido? Isto é uma perseguição absoluta!", acusou, extremamente exaltada.

Joacine insiste que não fez "nada de errado" ao longo dos últimos quatro meses. "Até agora não fiz nada errado. Estive obececada em defender todos os pontos para os quais esta eleição resultou. Estou e estive na Assembleia obecada em defender ponto por ponto, cada resolução, casd orientação. Recebemos imputs de vários elementos." 

"Ousam meter em causa que não fiz esforço nenhum sobre uma legislação que me é caríssima. Não sabem da missa a metade. Fazem uma análise olhando para o mediatismo ou sensacionalismo e cruzam o ódio do qual tenho sido alvo para me tentarem afastar. Fui eleita democraticamente com apoio de membros e apoiantes de Norte a Sul do País. Isso não é ouvido e valorizado por ninguém", continua.

Katar Moreira rejeita afastar-se do partido e da Assembleia: "Digo-vos... Não vou renunciar, para que as pessoas que votaram nestas legislativas não se sintam defraudadas."