João Paulo Sousa trabalhou em funerária a vestir mortos para ajudar a família humilde
Um das jovens apostas da SIC recorda momentos difíceis em que se questionava porque não podia ter o mesmo que os outros adolescentes.
É uma das caras da nova geração de atores e apresentadores, mas a vida de João Paulo Sousa nem sempre foi fácil. Pelo contrário. O ator e apresentador já teve de trabalhar numa funerária... onde se viu confrontado com a necessidade de vestir cadáveres. Um deles foi o da avó, funeral que ajudou a preparar.
Tudo porque um tio tinha uma funerária e João Paulo tinha de trabalhar para poder ter as suas coisas, já que a família humilde não permitia ter roupas de marcas como outros adolescentes.
"Houve uma altura em que questionava o porquê de não poder ter as mesmas coisas que os outros. Houve aquelas birras do porque é que alguém tinha as sapatilhas da nike e eu tinha da mike? E umas calças de fato de treino da didolas em vez de serem da adidas? Ainda hoje as tenho. Na altura odiava-as, agora acho piada", revelou o também animador da rádio Cidade.
Mas o pior aconteceu quando tinha 17 anos e tinha de trabalhar na funerária, já depois de ter experimentado as obras. "Era um trabalho de fim de semana. O meu primo também trabalhava lá", recorda. "Andava dentro da carrinha funerária, tinha de vestir as pessoas mortas", afirma.
Agora os tempos são outros: está constantemente no 'Programa da Cristina', onde se mostra muito à vontade como "vizinho" de Cristina Ferreira, apesar de não ter o estatuto que tinha Cláudio Ramos.