Cecília Carmo, a antiga jornalista da RTP, viveu um episódio menos feliz na noite de quinta-feira, dia 20. Depois de ter recebido a triste notícia de que a filha tinha sofrido um acidente de viação que teve como consequência imediada um episódio de perda de consciência, Cecília Carmo teve que se deslocar com a mesma até ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Durante a madrugada assistiu a várias situação que lhe causaram revolta. Indignada, a antiga jornalista decidiu escrever, na sua página de Facebook, uma carta aberta ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes. "Sr. Ministro, e
screvo-lhe esta carta, depois de ter passado várias horas da última noite/madrugada no Hospital de Santa Maria em Lisboa, instituição que tão bem conhece.E passo a explicar o porquê desta minha decisão", começa por escrever. Depois de contar o acidente de viação, Cecília Carmo conta o que se sucedeu na unidade hospitalar, onde teve de aguardar durante largas horas para que a sua filha fosse observada por um clínico. "
Chegou ao hospital, já consciente, mas com um pré-diagnóstico de traumatismo craniano (que graças a Deus, também não se veio a confirmar). Deitada na maca (imobilizada) e depois da triagem feita por uma enfermeira, foi encaminhada para a urgência para ser observada por um médico. Sr. Ministro. Sabe quanto tempo esteve a minha filha à espera da primeira observação por um médico? 3 (três horas)! Repito: 3 horas à espera para uma primeira observação com um pré-diagnóstico de traumatismo craniano!"Cecília Carmo faz mesmo o diagnóstico do problema: falta de médicos. "E sabe porquê? Porque naquela urgência só estava mesmo um médico a receber e observar todos os doentes traumatizados que íam chegando ao hospital. Escusado será dizer que, sem mãos a medir."A antiga jornalista continua o relatório do caos e da falta de condições de um dos maiores hospitais do país e põe o dedo na ferida. "Há uma palavra que prezo muito: DIGNIDADE. Aquilo que vi ontem nas urgências de um hospital central do país não é digno de ninguém. Nem dos profissionais de saúde, sobre os quais nada tenho a apontar, apenas a elogiar (todos!), nem dos familiares dos doentes (que tudo fazem para agilizar as barreiras que encontram enquanto esperam e desesperam), mas principalmente para os pacientes."
Depois de ter recebido a triste notícia de que a filha tinha sofrido um acidente de viação que teve como consequência imediada um episódio de perda de consciência, Cecília Carmo teve que se deslocar com a mesma até ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa.