
Conceição Queiroz denunciou os ataques discriminatórios de que foi alvo através das redes sociais, nesta quarta-feira, fazendo ainda uma alusão à Jornada Mundial da Juventude, que cobriu nos últimos dias.
"Ai o Papa e tal.. mensagem forte.. que emoção. A sério? Dois dias depois de o Papa abandonar Portugal, (e acompanhei essa visita enquanto jornalista), recebo isto. Deixo apenas duas das mensagens. Gratidão pela franqueza. Creio que ficam mais aliviados depois de descarregarem tamanho ódio", lamentou a pivô da TVI, de 48 anos.
De seguida, Conceição Queiroz citou vários exemplos de comentários que recebeu: "’A televisão é branca.’ ‘Não fazes falta nenhuma nas televisões portuguesas.’, ‘Volta para as tuas origens, para o teu país, (…), devias estar calada, foste acolhida, tens saúde, emprego, educação, coisa que no teu país não tens’".
"Ora… ataques violentos, diários, gratuitos. Não os conheço de lado algum. Surgem do nada, insultam por eu existir, por respirar, por me expressar. Mas nós é que temos a mania da perseguição. Exponham os agressores. Boa semana!", completou.
Na mesma rede social, Sofia Aparício mostrou-se solidária com os protestos da jornalista: "Todos os meus amigos com um tom de pele diferente passam ou já passaram por algo parecido ou pior. Todos!"
Esta não é a primeira ocasião que Conceição Queiroz relata ser alvo de racismo. Em janeiro de 2021, descreveu vários dos insultos e insinuações que lhe são endereçados: "Dizem de tudo. Que me prostituí para chegar onde estou (mulher africana é burra. Tem de dormir com alguém para subir na vida), que não entendem como me dão trabalho que é só para brancos, ordenam que me vá embora, ligam para o meu local de trabalho a pedir que seja afastada (atendi uma dessas chamadas), dizem: 'sua preta, tiras o lugar aos portugueses, devias ser violada, tens essa boa disposição irritante, andas na coca...'", referiu.