No dia 22 de junho, a notícia que dava conta da morte de todos os cinco passageiros do submersível Titan dominava as atenções mediáticas pelo mundo fora. Em Portugal, José Rodrigues dos Santos abriu o ‘Telejornal’, da RTP 1, desse dia com a singela frase "Morreram todos", opção que causou polémica e críticas dirigidas ao pivô, tal como queixas à Provedora do Telespetador.
O assunto foi depois abordado no programa ‘Voz do Cidadão’ e na primeira pessoa, com o jornalista da estação pública a reagir pela primeira vez a todo o falatório gerado.
"O que eu basicamente dei foi uma notícia, que é verdadeira, de uma forma direta e frontal. Eu vi algumas críticas que eram que eu tinha sido direto e frontal, ao que respondo: ‘Muito obrigado pelo elogio, porque é esse o meu trabalho’", começou por dizer, acrescentando: "Quando damos notícias devemos ser curtos, incisivos e diretos, e foi isso que eu fiz".
"Isto criou um ‘meme’, as pessoas retiraram aquele pedacinho para dar força e a partir daí cria-se uma piada nas redes sociais com base numa coisa muito curta que é aquela frase direta, incisiva, que eu faço sempre e desde que me ensinaram na BBC a fazer assim", disse José Rodrigues dos Santos, referindo que soube pelas filhas da repercussão do momento nas redes sociais.
"Isto emerge também num contexto em que muitas pessoas, sobretudo as gerações mais novas, não compreendem por que razão se dá tanto destaque à morte de cinco milionários no Atlântico e a morte de centenas de migrantes no Mediterrâneo foi quase ignorada, não houve grandes operações", completou.
