
Pedro Nuno Santos, o líder do Partido Socialista de 47 anos de idade e candidato a primeiro-ministro, a quem alguns acusam de ter "estados de alma", mostra-se recatado e resistente em mostrar o lado mais pessoal e familiar, nomeadamente a mulher, Catarina Gamboa, e o filho, Sebastião, atualmente com 8 anos de idade.
Há algumas exceções como aquela que aconteceu no último Dia do Pai, em que Pedro Nuno Santos partilhou uma fotografia ao lado do filho nas redes sociais. "De vez em quando, no aniversário ou no Dia do Pai, costumo fazer esse apontamento. Foi, aliás, a publicação com mais visualizações de sempre", confessou o líder socialista a Júlia Pinheiro na entrevista na SIC, na tarde desta quinta-feira, 3. "Foi ele, ele é que é a estrela", aponta, a justificar o sucesso da publicação.
Um sinal que há um apetite especial por parte dos portugueses em querer saber mais sobre o outro lado da imagem política, que é pública e a mais escrutinada. "Conhecer as pessoas e a vida das pessoas diz muito também da forma como estão na política", defende Pedro Nuno Santos.
Porém, a exposição também traz o verso da medalha. Júlia Pinheiro recordou a imagem do abraço do filho ao pai em pleno congresso socialista, com Pedro Nuno Santos a ser acusado de instrumentalizar Sebastião para fins políticos. "É a história do menino, do velho e do burro; façamos o que fizermos somos sempre criticados. No congresso, o Sebastião foi com a Catarina no último dia e o Sebastião, por iniciativa dele, subiu ao palco. Para ele, era o pai que estava ali, não era o político, nem era o líder do PS. Não foi uma instrumentalização. Isso é injusto", considerou Pedro Nuno. "Não instrumentalizo o meu filho. Faz parte da minha vida e não o escondo. Tenho um orgulho imenso nele", referiu ainda.
Já em pré-campanha eleitoral para as legislativas do próximo 18 de maio, Pedro Nuno Santos vê o tempo familiar fugir-lhe entre os dedos. "Nos últimas semanas, na maioria das vezes chego a casa quando a minha mulher e o meu filho já estão a dormir", lamentou. E esta é uma ausência sentida por Sebastião. "Queixa-se de estar pouco presente", confirma Pedro Nuno.
"Tive uma reunião com a professora dele há umas semanas e ela mostrou-me uma carta que ele tinha escrito e era uma carta a perguntar aos avós onde é que eles estavam quando não estavam com ele. E ele dizia que agora só estava com a mãe e quase não tinha o pai", revelou o político.