
Em dezembro de 2017, uma investigação da jornalista Ana Leal, revelava centenas de documentos que punham em causa a gestão da presidente da associação 'Raríssimas'. Um escândalo nacional que fez, inclusivamente, cair um secretário de Estado, Manuel Delgado, e fez "tremer" o então ministro Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva.
Paula Brito e Costa foi acusada de usar dinheiros da instituição em deslocações fictícias e gastos pessoais, entre os quais roupas e compras de supermercado. Na sequência da reportagem da estação de Queluz, a fundadora da associação Raríssimas foi constituída arguida, por suspeitas de três crimes: peculato, falsificação de documentos e recebimento indevido de vantagem.
Hoje, 2 de setembro, a antiga presidente da instituição, começa a ser julgada no Tribunal de Trabalho de Loures. Apesar de arguida num outro processo, Paula Brito e Costa pede uma indemnização de 147 mil euros por ter sido despedida da Raríssimas. A associação, por seu lado, queixa-se de gestão danosa por parte de Brito da Costa e exige 380 mil euros.
Na origem queixa da Raríssimas estão alegações de que Brito da Costa apresentou mapas de deslocações fictícias, usou fundos da associação para comprar vestidos de alta costura e ainda para compras pessoais em supermercados. O caso estava a ser investigado pela Polícia Judiciária. Na sequência da denúncia de má gestão e de maus tratos aos funcionários da IPSS, Paula Brito da Costa abandonou a liderança da Raríssimas em dezembro de 2017.