
Primeiro ouvem-se uns tiros, que mais tarde serão descritos como se se tratasse de estampidos ou bombinhas de brincadeira. Depois, Trump leva a mão à parte direita da cara. Ato contínuo, agacha-se atrás do palanque onde até há pouco discursava. Ouvem-se mais alguns tiros, sabe-se depois que eram os serviços secretos a abater Thomas Crook, o jovem de 20 anos que tentou matar o candidato republicano à Casa Branca, mas que falhou o tiro por centímetros. Haja o que houver, são as imagens do ano, e ficariam na História mesmo que não tivesse acontecido o que se passou nos dois minutos seguintes. Trump foi rodeado de agentes, que o levaram até um carro blindado, mas antes o antigo Presidente teve ainda tempo para erguer o punho, gritar várias vezes para o público e ser fotografado com sangue no rosto e a bandeira americana por trás, acima, como se pairasse sobre aquela cena e aquela personagem contraditória do século americano. É raro acontecer um momento tão relevante para a História global e ser tudo transmitido pela televisão, mas desta vez assim foi. O comício estava organizado como um teatro, pelo que tudo se desenrolou à nossa frente como se de uma tragédia levada ao palco se tratasse. Sábado à noite, todos os canais de informação, primeiro o Now, à frente da CNN, e finalmente a SIC Notícias, organizaram emissões com bom acompanhamento das informações e com ótimos comentadores e especialistas. Quando há notícias de impacto global, esse é o momento para que o espectador português entenda que não há canais de informação a mais. A pluralidade faz a diferença.
Haja o que houver, são as imagens do ano, e ficariam na História mesmo que não tivesse acontecido o que se passou nos dois minutos seguintes. Trump foi rodeado de agentes, que o levaram até um carro blindado, mas antes o antigo Presidente teve ainda tempo para erguer o punho, gritar várias vezes para o público e ser fotografado com sangue no rosto e a bandeira americana por trás, acima, como se pairasse sobre aquela cena e aquela personagem contraditória do século americano.
É raro acontecer um momento tão relevante para a História global e ser tudo transmitido pela televisão, mas desta vez assim foi. O comício estava organizado como um teatro, pelo que tudo se desenrolou à nossa frente como se de uma tragédia levada ao palco se tratasse.
Sábado à noite, todos os canais de informação, primeiro o Now, à frente da CNN, e finalmente a SIC Notícias, organizaram emissões com bom acompanhamento das informações e com ótimos comentadores e especialistas. Quando há notícias de impacto global, esse é o momento para que o espectador português entenda que não há canais de informação a mais. A pluralidade faz a diferença.
Top 5
Dilema
Audiências
A Subir
José Fragoso
A melhor cobertura do Euro, sem dúvida, foi a da RTP. Os meses de junho
e julho ficaram muito bem sustentados para a televisão pública.
Lucília Gago
Na entrevista à RTP mostrou-se sólida na comunicação
e segura nos argumentos. Também a justiça, como a política, tem horror aos espaços vazios,
e falhou ao estar tanto tempo sem marcar a sua posição.
Vítor Gonçalves