
Não está na moda, não tem o glamour de outras apresentadoras, não tem boa imprensa – na verdade, não tem imprensa praticamente nenhuma. Dina Aguiar conduz há anos o 'Portugal em Direto' e lidera o mercado de televisão no seu horário. Há razões para isso.
Com um alinhamento que junta uma forte componente regional à grande atualidade nacional, sem pruridos em noticiar o crime, o mau tempo ou os buracos na estrada, 'Portugal em Direto' é o típico produto que as elites urbanas da empresa do Estado tratam com enorme condescendência intelectual, porque têm vergonha da realidade do País.
O programa está bem feito, tem um conceito bem definido de atualidade, utiliza as técnicas de alinhamento mais modernas de todo o universo RTP (cabo incluído), e desenvolve narrativas ao longo da emissão, de forma eficaz, para "agarrar" o espectador. Além disso, e talvez mais importante, faz a melhor rentabilização que se conhece dos recursos nacionais da RTP. Resultado: em janeiro, 'Portugal em Direto' leva uma média de 18,9% de share, contra 18,6% da TVI e 10,2% da SIC, no mesmo horário. Acima de tudo isto, deixa uma herança diária fortíssima para 'O Preço Certo'. Ora, como o sucesso de qualquer programa depende sempre da dimensão do auditório que recebe do formato anterior, pode dizer-se que Dina Aguiar é a mulher que está por trás do triunfo do "gordo", como os fans carinhosamente tratam a "estrela" Fernando Mendes.
Além disso, e talvez mais importante, faz a melhor rentabilização que se conhece dos recursos nacionais da RTP. Resultado: em janeiro, 'Portugal em Direto' leva uma média de 18,9% de share, contra 18,6% da TVI e 10,2% da SIC, no mesmo horário.