
Em televisão, só há dois critérios de sucesso: ou se tem audiência, ou se tem prestígio. Não ter nem audiência nem prestígio é sinal de desastre. Bem diferente era a situação do comentador Marcelo: funcionava como uma locomotiva de audiências para a TVI, e usufruía de um elevado grau de prestígio, o qual, aliás, lhe valeu a eleição para Belém. Terminada a carreira de Marcelo como comentador, Marques Mendes tenta reconstituir o percurso televisivo do Presidente da República (veremos, no futuro, se também ambiciona o mesmo cargo). Depois de um início no cabo, Marques Mendes passou para a SIC generalista, e ocupa o final do Jornal da Noite ao domingo, o mesmo dia da semana em que o País se habituou a ouvir o "professor Marcelo". As linhas de contacto entre os dois são mais do que simbólicas: os críticos de Marques Mendes têm-no acusado de ser uma espécie de "porta-voz" do Presidente, descodificando mensagens e dizendo em voz alta o que o chefe do Estado não pode, ou não quer dizer. Mas Marques Mendes é um comentador diferente. Mais sóbrio. De alguma forma, mais cerebral. Menos empático que o actual Presidente. Um exemplo: dificilmente o imaginamos a oferecer um leitão da Bairrada a Clara de Sousa, em directo, como Marcelo ofereceu a Júlio Magalhães. Em contrapartida, Marques Mendes dá notícias como nenhum outro comentador televisivo, e com uma credibilidade sem par. Ele é, hoje em dia, imprescindível para o que há-de ser, no futuro, a reconstrução da informação da SIC. Assim haja inteligência estratégica suficiente na estação para manter a aposta.
Terminada a carreira de Marcelo como comentador, Marques Mendes tenta reconstituir o percurso televisivo do Presidente da República (veremos, no futuro, se também ambiciona o mesmo cargo). Depois de um início no cabo, Marques Mendes passou para a SIC generalista, e ocupa o final do Jornal da Noite ao domingo, o mesmo dia da semana em que o País se habituou a ouvir o "professor Marcelo". As linhas de contacto entre os dois são mais do que simbólicas: os críticos de Marques Mendes têm-no acusado de ser uma espécie de "porta-voz" do Presidente, descodificando mensagens e dizendo em voz alta o que o chefe do Estado não pode, ou não quer dizer.
Mas Marques Mendes é um comentador diferente. Mais sóbrio. De alguma forma, mais cerebral. Menos empático que o actual Presidente. Um exemplo: dificilmente o imaginamos a oferecer um leitão da Bairrada a Clara de Sousa, em directo, como Marcelo ofereceu a Júlio Magalhães. Em contrapartida, Marques Mendes dá notícias como nenhum outro comentador televisivo, e com uma credibilidade sem par. Ele é, hoje em dia, imprescindível para o que há-de ser, no futuro, a reconstrução da informação da SIC. Assim haja inteligência estratégica suficiente na estação para manter a aposta.