
Um grande português. Se há personalidade a quem se aplica com toda a justiça o elogio que está agora na moda fazer, essa personalidade é Manuel Rui Azinhais Nabeiro. Nabeiro construiu um império no local mais improvável do mundo, o interior alentejano onde nasceu, e onde continua a governar as suas empresas e a cuidar das suas gentes campomaiorenses. A forma como partiu do nada até atingir o topo, e o escrúpulo de não aceitar nenhuma das tentadoras propostas para vender as suas empresas fazem dele, também, um português de corpo e alma. O programa da TVI que foi para o ar domingo, para assinalar o dia em que fez 90 anos, é um documento. José Alberto Carvalho sempre teve fortes debilidades na entrevista. Porém, o seu estilo não adversativo funciona bem nas conversas de glorificação. Além disso, domina o meio e a linguagem, e construiu uma reportagem de qualidade.
Foi assim que logrou um extraordinário momento de televisão, quando passeava pela fábrica com o comendador, e teve a intuição suficiente para se afastar quando Nabeiro foi abordado por um empregado que unicamente pretendia dizer ao patrão que a mulher está grávida outra vez. A reação, paternal e protetora, mostra que Nabeiro é essencialmente um homem bom. INFORMAÇÃO - OS BASTIDORES DO NEGÓCIO
Depois de receber os responsáveis do canal na sua casa, Marco Paulo esperou por uma proposta da TVI, e a TVI esperou por uma proposta de Marco Paulo. Como nem uma nem outra chegaram, a SIC fez valer o acordo que tem com o cantor, e conseguiu prolongá-lo. Tudo isto seria o normal funcionamento do mercado, não se desse o caso de a TVI fazer um comunicado deselegante a acusar Marco Paulo de se oferecer. A novela correu mal a Queluz de Baixo, que se viu desmentida até no pormenor de que Mário Ferreira não se tinha envolvido, algo que o cantor confirmou de viva voz. O detalhe de marcar o desenlace para a hora em que Cristina estava em direto no programa de Goucha mostra que Marco Paulo não vai perdoar. PROGRAMAÇÃO - JORNAIS E OS CANAIS
Depois de receber os responsáveis do canal na sua casa, Marco Paulo esperou por uma proposta da TVI, e a TVI esperou por uma proposta de Marco Paulo. Como nem uma nem outra chegaram, a SIC fez valer o acordo que tem com o cantor, e conseguiu prolongá-lo. Tudo isto seria o normal funcionamento do mercado, não se desse o caso de a TVI fazer um comunicado deselegante a acusar Marco Paulo de se oferecer. A novela correu mal a Queluz de Baixo, que se viu desmentida até no pormenor de que Mário Ferreira não se tinha envolvido, algo que o cantor confirmou de viva voz. O detalhe de marcar o desenlace para a hora em que Cristina estava em direto no programa de Goucha mostra que Marco Paulo não vai perdoar.
Os jornais de horário nobre são produto-chave para construir a imagem de um canal. É através do noticiário que uma estação mostra a sua personalidade. É assim que a RTP é institucional e crua, um pouco cinzenta, por isso mesmo confiável, porque o 'Telejornal' é exatamente assim. A SIC é moderna e urbana, porém um pouco distante, porque o 'Jornal da Noite' cultiva as reportagens cuidadas mas olha para o país com certa sobranceria. E a TVI varia, consoante o momento da empresa. Ora, o momento presente faz da TVI um projeto pessoal, o que deixa pouca margem à informação. No domingo, o jornal teve de incluir o seu intervalo, e o intervalo que cabia por direito ao programa de Cristina Ferreira. Decisão inédita e sintoma de um desequilíbrio interno preocupante. SOBE - VAR
SOBE - VAR
Ficaram sem chão os críticos do videoárbitro e das tecnologias no futebol. A ausência do VAR no apuramento para a maior competição do mundo é impensável. O futebol julga-se insubstituível nas preferências do público, mas o cemitério da História está cheio de fenómenos imortais. Cuidado. MANTÉM - CRISTINA FERREIRA
MANTÉM - CRISTINA FERREIRA
Tenho alguma curiosidade para ver como vai a TVI resolver os sábados à noite, agora que terminou o 'Big Brother', único produto em muito tempo capaz de dar a liderança ao canal. Nas últimas duas semanas, a TVI dominou a SIC neste dia fundamental, pelo que a fasquia está alta. Não será fácil. DESCE - JOÃO MANZARRA
DESCE - JOÃO MANZARRA
Terminou como começou, mais tarde do que merecia, mas da forma que aqui se previu em devido tempo: sem glória nem alarido. O 'Regresso ao Futuro' é um ato falhado desta gestão da SIC, e entregou os sábados à concorrência. Manzarra foi o rosto desse fracasso.