
Alguém, um dia, há de conseguir explicar-me uma coisa: caso não esteja em contrato, escrito, assinado, com direito a indemnização estratosférica, por que razão não se muda um programa quando este já provou que não funciona? Do que falo? Dos serões de domingo da SIC com 'Hell’s Kitchen' que demonstraram ser maus para todos: para as audiências da estação e para o próprio Ljubomir que vê a sua imagem desgastada. Se na anterior série de 'Big Brother Famosos', a SIC não tinha qualquer hipótese de competição, tal era a força de um Bruno de Carvalho no programa, desta vez, com um 'casting' francamente pior e o programa a perder força, a decisão de Daniel Oliveira em manter 'Hell’s Kitchen' é ainda mais incompreensível. Ou seja, o que era preciso ter sido feito pela SIC no arranque dos dois produtos – que era mexer na grelha, não foi. E agora, que já vai tarde, continua a não ser. Então, a questão que se coloca é: a SIC gosta de perder? Eu sei, continua a ganhar no geral à TVI, blá-blá-blá, mas e quando vê que algo está errado, não mexe porquê?Excesso de confiança? Dá trabalho? É preciso respeitar o que estava previsto? A não ser que haja alguma razão subliminar que desconheço para "estragar a vida" ao chef. Se não é essa ideia, deixo uma dica a Daniel: recorde como Moniz – na primeira fase TVI, trocava horários de novelas e de tudo o que fosse preciso para chegar onde queria: liderar e manter a liderança – que é o mais difícil.
E agora, que já vai tarde, continua a não ser. Então, a questão que se coloca é: a SIC gosta de perder? Eu sei, continua a ganhar no geral à TVI, blá-blá-blá, mas e quando vê que algo está errado, não mexe porquê?Excesso de confiança? Dá trabalho?
Só mais uma nota, ainda sobre o tema 'BBF': por que é que esta edição é chata? Porque não há antagonistas. Estamos numa casa onde a rapaziada é toda amiga, não há vilões, só há porreiraços. Uma seca que, está provado, não funciona. Basta ver como se faz nos filmes: herói, vilão, etc, etc, etc. O princípio é o mesmo.
Finalmente, esta semana houve alegrias no pequeno ecrã e eis que chegaram da RTP que brindou a nossa noite de sábado com um espetáculo bem produzido, moderno, de puro entretenimento bem feito: o 'Festival da Canção' que, seguindo o exemplo da Eurovisão, se renovou totalmente e se aconselha. Não ganhou a noite de audiências, mas ganhou qualidade. E isso conta (e muito) quando se faz serviço público.