
Daniel Oliveira tem uma grande virtude que se pode transformar numa tremenda dor de cabeça. Faz lembrar aqueles noivos que traçam um plano de vida: casar aos "x" anos, ter filhos não sei quanto tempo depois, arranjar uma casa perto do emprego (porque acham que vão ali trabalhar a vida inteira), depois uma casa de férias, abrem contas conjuntas e não contam nunca com o fator imprevisto: aparecer uma "terceira pessoa" e estragar os planos maravilhosos já traçados.É mais ou menos o que se passa na SIC neste momento: estava tudo previsto, gravado, a grelha arrumada, os formatos internacionais comprados, as novelas prontas com muito tempo de antecedência, atores e técnicos de férias, estrelas pagas. Até que aparece a "terceira pessoa": Bruno de Carvalho. Até agora o que tínhamos na TVI? Sustos, apenas. "Casos", chamemos-lhes assim se quisermos continuar na linguagem do amor. Uma novela que corre muito bem ('Festa é Festa'), um 'Big Brother' (ainda sem ser 'Famosos') que toma conta das noites de domingo – mas nem sempre porque o público acusa cansaço e, portanto, é controlável em grelha, umas escolhas por parte da TVI que prometiam muito mas faziam pouco – o melhor exemplo que à época concorreu com o 'Hell’s Kitchen' de Ljubomir Stanisic foi 'All Together Now'... enfim, nada de demasiado preocupante. Apenas sinais de que o "casamento" já não estava a 100%. Às vezes é preciso que exista o clique, que a paixão, avassaladora surja do nada, e a mudança na "normalidade" instalada acontece. O fator imprevisto, o de destabilização do que parecia (à primeira vista) perfeito, foi Bruno de Carvalho, personagem principal do '