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Luísa Jeremias
Luísa Jeremias No meu Sofá

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Olarilolé, olarilolé, "dar baile" assim sabe tão bem...

Portugal é um imenso "Olarilolé, Olarilolé", uma paródia, que canta e dança, e manda beijinhos e ri de si próprio e de como não tem dinheiro para nada, mas nem por isso desiste de se divertir e ser feliz.
03 de novembro de 2023 às 06:00
Pedro Mafama, Fernando Mendes
Pedro Mafama, Fernando Mendes

Não foi por acaso que Pedro Mafama assinou a canção mais popular do verão, cujo nome é 'Preço Certo'. "Quer mandar beijinhos para alguém, minha querida?", ouve-se em fundo, com a voz de Fernando Mendes, diretamente retirada do seu 'O Preço Certo' – o concurso que, ano após ano, semana após semana, "dá baile" no acesso ao horário nobre, a toda e qualquer concorrência, escalando o top de programas mais vistos, baralhando contas e provando que, às vezes, no mais simples e mais previsível é que está o ganho.

Vai daí: "olarilolé, olarilolé!", canta Mafama e repete Portugal inteiro, em festas e romarias, em jantares de amigos, em festas infantis, desde que o 'hit' foi lançado. A fórmula do sucesso, tal como o programa que dá nome à música, é muito simples: no final do dia (literalmente), queremos mesmo é rir e divertirmo-nos e não ter que pensar muito. Ou, pelo menos, a fingir que assim é... "Ai, esta vida é uma roda que nunca dá certo", canta Mafama adiante. "’Tou a partir-me todo ‘pa virar um bom partido; ‘tou a subir salários, nem me juntei ao partido". Pois, é que a leveza e os sorrisos em 'O Preço Certo' abrem caminho para a hora da informação, que acaba por também ser encarada, como na cantiga, como algo que não se pode levar muito a sério.

Portugal é um imenso "Olarilolé, Olarilolé", uma paródia, que canta e dança, e manda beijinhos e ri de si próprio e de como não tem dinheiro para nada, mas nem por isso desiste de se divertir e ser feliz. Fernando Mendes pode gabar-se, hoje, de ser a alegria diária de tantos portugueses que, ao vê-lo, sorriem e baixam as guardas e divertem-se antes da avalanche de desgraças... às quais já nem ligam.

O País apático, o País inebriado num imenso "olarilolé",  porque "bailar assim sabe tão bem" e é muito melhor fazê-lo do que "matar a cabeça" a pensar no Mais Habitação e na renda e na prestação e no preço do azeite e nessa porcaria toda. Afinal, "Esta vida já está a sorrir pra mim: tenho uma filha linda e o amor que eu sempre pedi". Viva Mafama! E Mendes, claro.

Portugal é um imenso "Olarilolé, Olarilolé", uma paródia, que canta e dança, e manda beijinhos e ri de si próprio e de como não tem dinheiro para nada, mas nem por isso desiste de se divertir e ser feliz. Fernando Mendes pode gabar-se, hoje, de ser a alegria diária de tantos portugueses que, ao vê-lo, sorriem e baixam as guardas e divertem-se antes da avalanche de desgraças... às quais já nem ligam.

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