
Ganhou na primeira semana para o 'Big Brother' de Cristina Ferreira, perdeu na segunda para o mesmo adversário e veremos o que acontece a partir de agora: se foi o efeito surpresa que garantiu a Ljubomir Stanisic cantar vitória com o programa das guerras na cozinha ou se, ao contrário desta hipótese mais evidente, o público está mais interessado em divertir-se com os disparates dos famosos à volta dos tachos do que com as discussões dos anónimos no mais eficaz formato da televisão. Aconteça o que acontecer, a verdade é que, até ao momento, 'Hell’s Kitchen Famosos', o novo programa do chef "malcriadão" está a ter graça. O "elenco" é bom e complementa-se. A personagem Io Appolloni fará falta ao programa na sua componente comédia na parelha com Diogo Amaral. Os dois, na sua "loucura" nonsense, num programa onde é suposto cozinhar, garantiam os sorrisos em casa do espectador, incrédulo com o que via. Funcionava – pena Io ter saído no domingo. A questão é quem irá ocupar o papel da "comédia" no programa: Granger? Pipoca (mais sofisticada no tipo de humor a que recorre)? Noémia?
Tudo isto porque um formato deste género vive de marcar a diferença. Ninguém assiste a 'Hell’s Kitchen' para aprender a cozinhar as receitas de Stanisic. Assiste porque se quer rir com a gritaria ou com a falta de jeito dos concorrentes para se tornarem 'chefs' de verdade. A concorrentes famosos não se pede que sejam especialistas na matéria. É claro que alguns terão de ter algum jeitinho para o ofício dos tachos, sob pena do formato descambar. Mas o fundamental, neste caso, é criar um bom momento televisivo, de puro entretenimento, onde cada celebridade tem um papel a desempenhar.
Claro que Ljubomir é o elo de ligação fundamental para que as peças se encaixem. O 'chef-entertainer' tem a capacidade de "dar as deixas" e entrar no jogo da forma teatral que é desejada – como faz Gordon Ramsay no formato original do programa.
O modelo está "ganho". Veremos se o "elenco" se esforça e cativa o público, como a SIC espera.