
Quem espera que este mês de agosto seja passado a ver repetições de programas, episódios internáveis de novelas – com metade das cenas recuperadas do capítulo anterior para "fazer durar" – ou, mais não seja, "refastelado" no sofá, ao melhor estilo terapia de férias, a assistir, dia fora, às competições dos Jogos Olímpicos de Paris, está enganado.
Com a competição SIC/TVI em alta, mesmo em pleno agosto, os dois canais privados generalistas não fazem tensão de dar tréguas e armam-se para a guerra sem dó nem dramas de "virgens ofendidas". O melhor exemplo disso aconteceu no passado fim de semana, com a "experiência" de ter Catarina Miranda a apresentar, com restante equipa, o ‘Somos Portugal’. Catarina que, depois de ser expulsa duas vezes, sempre envolvida em polémica, do ‘Big Brother’ e do ‘Dilema’, é chamada pela estação que difamou publicamente para dar a cara por mais um programa com a marca TVI.
Porquê? Porque pode resultar. Simples. Pode garantir audiências, a mesma razão que a levou ao formato agora apresentado por Goucha. Miranda, na sua ânsia de fama, é daqueles casos aos quais se aplica a frase: falem de mim, bem ou mal mas falem. Ou seja, tudo o que a estação precisa: "buzz", logo, curiosidade para ver, logo, somar espectadores. É ético? Mas o que é a ética numa TV comercial? Um feliz agosto.