
Nos seus 69 anos de vida, Manuel Luís Goucha continua a ser um homem surpreendente. A maior prova disso aconteceu ao longo da última semana. Não num dia, nem em dois, ao longo de vários, com um seguimento de atitudes, de tomadas de decisão que nos fazem pensar sobre o nosso papel na vida e como nos respeitamos a nós e aos que nos são queridos – incluindo, no caso, o público.
Com a partida da mãe, aos 101 anos, mulher que ao longo de toda a vida o apoiou e foi um pilar para o apresentador, Manuel Luís optou por não parar de trabalhar. Continuou, como ela gostaria, explicou então. Apresentou diários do ‘Dilema’, a própria gala de domingo e, só cumprida a missão, foi despedir-se da mãe, anunciou então.
Fê-lo rodeado dos seus, dos verdadeiros amigos, do marido e da família que resta. E regressou a casa. E ao trabalho. Uma semana depois partilhou, nas duas redes sociais, a carta que a mãe deixara escrita, muitos anos antes, para ele e para o irmão. Leu-a com emoção, explicou por que o fazia, num gesto de uma gentileza ímpar para com os seus seguidores que, também eles, fazem de Goucha o profissional que ele é. Comoveu-se.
E comoveu-nos, demonstrando como é uma figura única e densa na leveza do universo das luzes televisivas. Ao Manuel Luís Goucha, uma vénia. Ao homem e ao profissional.