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Luísa Jeremias No meu Sofá

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Virou!

A TVI fez o que tinha a fazer e virou o jogo. O que fez? Simples: atacou a estreia de um programa no qual a SIC depositava muitas esperanças – 'Ídolos' – com uma gala extra de 'Big Brother Famosos.'
15 de abril de 2022 às 06:00
Cristina Ferreira, Sara Matos
Cristina Ferreira, Sara Matos

O último sábado abriu uma nova fase na guerra de audiências. A TVI fez o que tinha a fazer e virou o jogo. O que fez?Simples: atacou a estreia de um programa no qual a SIC depositava muitas esperanças – 'Ídolos' – com uma gala extra de 'Big Brother Famosos.' Como conseguiu responder com a rapidez que se impunha e dar um KO à concorrência? Com raciocínio. É festa que o povo precisa para esquecer as agruras da vida? Então tomem lá uma noitada de música de bailarico, com direito a novas canções de Jorge Guerreiro, tomem lá o regresso de Bruno de Carvalho acrescido da atuação como DJ e Liliana a cantar um velho tema que fez sucesso nas pistas de dança, tomem lá Cristina Ferreira vestida a rigor, estilo festa de anos, para o que se impunha, e como resultado, tomem lá uma "abada" ao 'Ídolos' da SIC que não conseguiu convencer. No dia seguinte: mais do mesmo: 'BBF' contra um 'Casados à Primeira Vista' que não arranca. No domingo não chegou para ganhar o dia – as tardes continuam a correr melhor à SIC e o Jornal da Noite é imbatível, tal como Ricardo Araújo Pereira. Mas o fim de semana serviu para provar, mais uma vez, uma coisa simples: tudo é possível em televisão desde que não haja amarras, desde que se reaja, desde que se pense e se atue em cima do acontecimento.

Se tudo continuar assim, se 'Festa é Festa' se mantiver imbatível na ficção, se 'Big Brother' - edição atrás de edição - continuar a fazer o seu caminho, se 'Rua das Flores' duplicar, no fim do dia, o sucesso da novela de horário e assim ensanduichar - finalmente! – o 'Jornal das 8', o elo mais fraco do horário nobre – em dois produtos de "grande audiência", então a TVI pode começar a tirar o champanhe do armário porque até ao verão está a vencer a concorrência. Isto, claro – e já aqui falámos na questão há duas semanas, com a estreia de 'Casados' – se o "deixa ver o que acontece" continuar a prevalecer na SIC. Porque, feitas as contas, os factos são: a Impresa (SIC) fecha o ano de 2021 em lucro, a Media Capital (TVI) fecha em prejuízo (mas já em recuperação). Mas de que serve ganhar se não se reinveste, se não se corre atrás, se se fica a contar o que se ganhou e não se ousa inovar?

Eu, no lugar de Francisco Pedro Balsemão, começava a pensar na vida e nos anunciantes. Não se augura nada de bom para um futuro próximo.

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