
"Judite, bom dia. Vou lançar-lhe um desafio: quer escrever um texto na TV Guia sobre o Dia Internacional da Mulher, a entregar até terça-feira, dia 27? Gostava muito", perguntei eu à directora-adjunta de Informação da TVI, no sábado, 24. Eram 10:33. Não me respondeu. Nem sim nem não. Não insisti. E não convidei mais ninguém. Só fazia sentido com ela. À noite, mais concretamente às 20:20, recebi um WhatsApp. Era o texto de Judite, e começava assim: "Como mulher…" Li-o três vezes, e adorei o final: "Não sendo, longe disso, feminista, entendo que é importante reflectir sobre o tema. Se for no Dia da Mulher, que seja. Mas pensemos." Vale a pena ler, tudo num momento em que, pelo terceiro ano consecutivo, é a única jornalista a integrar o grupo das 25 mulheres mais influentes em Portugal. Nada é por acaso, embora, para mim, o mais importante não seja a sua influência, mas a força da natureza que é.
"Ele vai dar-nos uma sova tremenda. E eu, com um grande sorriso, vou abrir as audiências para ver o grande triunfo do meu amigo", disse Júlia Pinheiro quando soube que Manuel Luís Goucha era o eleito para comandar a ‘Casa dos Segredos 7’. Depois de ter assumido publicamente isto, a SIC decide investir num novo formato de entretenimento, Divertidamente, com João Manzarra ao leme. A amizade ao apresentador e a rivalidade com Teresa Guilherme não podem, e não devem, prejudicar a estação de Carnaxide. Pergunto: a directora gostou de ver o seu ‘D’Improviso’ perder por um milhão(!) de espectadores para o ‘reality show’ da TVI, no domingo, 25? Eu tinha vergonha.
Diogo Piçarra desistiu do Festival, após uma acusação de plágio que envolve Canção do Fim, vencedora da segunda semifinal do concurso, com a votação máxima do júri e do público, no domingo, 25. "Estou de consciência tranquila e de cabeça erguida", garantiu terça-feira, 27. A seguir ao erro patético na contagem dos votos e de mais suspeições de temas copiados, esta edição do certame, que voltou a despertar atenções como o fenómeno Salvador Sobral, está manchada. Pelos piores motivos. A ver se até à final, em Maio, não há mais nenhuma desgraça.
* O autor desta crónica escreve de acordo com a antiga ortografia.