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Paulo Abreu
Paulo Abreu O Tal Canal

Notícia

Cristina Ferreira esticou-se e perdeu

Regressou à TVI, inventou um programa só para si, uma vez por semana, sem dia certo, gastou 300 mil euros e agora ‘Dia de Cristina’ chega ao fim em dezembro, após três meses de vida. Uma derrota em toda a linha para a apresentadora, diretora e acionista da estação.
20 de novembro de 2020 às 23:56
Cristina Ferreira
Cristina Ferreira

Ao fim de 16 anos na TVI, Cristina Ferreira bate com a porta, onde já era rainha, e muda-se para a SIC. Foi uma bomba. Em Paço de Arcos pagam-lhe um ordenado mensal de 80 mil euros e dão-lhe também a possibilidade de mandar, como consultora executiva da direção-geral de Entretenimento do grupo Impresa. Estreia-se no pequeno ecrã em 7 de janeiro de 2019, à frente do programa matutino da estação, e, desde aí, foi sempre a ganhar. Bate por muitos o rival, Manuel Luís Goucha, e embala a SIC para a liderança nas audiências, ao fim de mais de uma década na penumbra. Estava imparável.

Mas a felicidade desvanece-se rapidamente. E, aproveitando um assédio do primeiro amor profissional, volta a bater com a porta, trocando a SIC pela TVI, onde lhe acenam com 250 mil euros por mês. O calendário marca 17 de julho de 2020. E voltamos a ter outra bomba. Esta, porém, com contornos judiciais que prometem fazer correr muita tinta no tribunal. Na TVI, além de um contrato (ainda mais) milionário, Cristina assume as áreas de Ficção e de Entretenimento. Passa a ser a acionista da Media Capital, com 2,5% das ações da empresa. Uma coisa nunca vista. 

A viver um sonho, e motivada para uma guerra com Balsemão e Daniel Oliveira, Cristina arregaça as mangas e começa a trabalhar. Em várias frentes, mas principalmente no seu programa, coisa megalómana, semanal, sem dia certo, de manhã e à tarde. ‘Dia de Cristina’ arranca em 23 de setembro e, com um investimento de 300 mil euros, termina já no próximo mês. Sem glória. Ganhava de manhã, mas cedia à tarde para Júlia Pinheiro, salvo raras exceções. Não criou dinâmicas nem fidelizou público. O balanço é só um: por mais que a ideia possa ser boa, é uma derrota no currículo da apresentadora. E o tempo deu-me razão. Sempre defendi aqui que Cristina devia ter-se resguardado. Como? A fazer o ‘Você na TV!’ até final do ano. E depois, sim, no início de 2021, partiria para o seu formato de sonho. Arriscou e deu-se mal. Gastou dinheiro e perdeu prestígio. Agora, é seguir em frente. Com menos margem para errar em Queluz de Baixo. Mas isso, a estrela da televisão portuguesa sabe melhor do que ninguém.

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