
1. Desde que regressou ao ‘Big Brother’, pela mão de Cristina Ferreira, Teresa Guilherme tem sido um verdadeiro saco de pancada. Agora, pelo seu desempenho na última gala, foi arrasada por Marta Cardoso, comentadora do reality show da TVI: "Numa gala, a parcialidade ou a falta de imparcialidade é uma coisa que me custa muito. Acho que há aqui uma forma de tratamento dos concorrentes com a qual eu, como ex-concorrente, não posso compactuar. Não foi uma, nem duas, nem três vezes. Não está a ser bem feito." Consciente de que pode "arriscar o emprego" com estas críticas, acrescentou: "Se servir para melhorar um bocadinho, e os concorrentes serem tratados de forma justa, já valeu a pena."
Ora bem, Teresa tem 65 anos e uma vasta experiência em TV, como apresentadora, produtora e diretora. Chamaram-lhe um dia "rainha dos reality shows" e assim ficou até hoje. Não é perfeita. Pelo contrário: tem um feitio terrível, com muitos defeitos pelo meio. E não precisa de advogados de defesa. Mas, sabendo que ela deixou, há muito, de ser polémica, de certeza que vai ficar novamente em silêncio. Ou fugir às perguntas sobre o assunto, como fez com a guerra de protagonismo com a Pipoca. Ou até dizer uma coisa contrária ao que pensa, como fez quando soube que ia partilhar uma temporada do ‘Big Brother’ com Cláudio Ramos.
A minha pergunta é esta, perante as críticas de Marta Cardoso a Teresa Guilherme: a quem interessa isto? À TVI, que tanto aposta no BB? Quem quer fragilizar a apresentadora e o formato? Meu Deus, com tantos inimigos em casa, a SIC agradece esta permanente rebaldaria em Queluz de Baixo.
2. Já ouvi várias pessoas dizerem mal de ‘Bem Me Quer’, a nova novela da TVI. Talvez porque fica bem, talvez porque seja mesmo essa a sua opinião. A minha é esta: gravada na Serra da Estrela e em Aveiro, a trama de Maria João Mira, autora de vários sucessos na ficção da estação, tem muito potencial. O elenco – com jovens talentos e atores mais experientes, com gente bonita e mediática –, o texto, a cenografia e a produção são interessantes.
A história é básica? Sim, tal como ‘Nazaré’, (ainda) um fenómeno de audiências na SIC. Afinal, às vezes, o melhor mesmo é descomplicar.