1. Chama-se Manuel Luís Goucha, fez 65 anos na quarta-feira, dia de Natal, e é talvez o melhor apresentador de entretenimento em Portugal. Algumas pessoas com quem falo sobre televisão – incluindo da TVI – dizem-me que começa a estar velho e que está desmotivado desde a saída de Cristina Ferreira do ‘Você na TV!’, programa arrasado pelo rival da SIC todas as manhãs de segunda a sexta-feira. Não concordo nada. Creio até que Manuel Luís Goucha pode ser uma das chaves para a estação de Queluz de Baixo poder regressar à liderança das audiências em 2020.
Com uma estratégia bem definida, com conteúdos populares e surpreendentes, com outro estúdio que não pareça uma barraca ao pé do de Cristina Ferreira, Manuel Luís Goucha tem todos os argumentos para fazer frente à antiga colega – sem Maria Cerqueira Gomes, que já assumiu entretanto estar de volta à sua casa no Porto, nos primeiros meses de 2020, e com outra colega ao lado ou não. Os casos de Fátima Lopes e de Ljubomir Stanisic, rostos da TVI que estão a ganhar aos seus concorrentes diretos da SIC, são dois exemplos de que tudo é possível.
Manuel Luís Goucha sabe que este é um horário cada vez mais fundamental para as televisões começarem a ganhar o dia. E Manuel Luís Goucha, um profissional experiente, talentoso, focado e inteligente, também nunca estará desmotivado. Nunca. Está-lhe no sangue trabalhar para ser o melhor, o primeiro. Dizem-me ainda que o contrato milionário na TVI assinado há um ano o aburguesou. A sério? Não o conhecem. Deem-lhe condições para fazer o que sabe, apostem (bem) no formato da manhã e vão ver se a coisa não mudará de figura.
2. José Fragoso, diretor de Programas da RTP, foi o eleito pela administração de Gonçalo Reis para assumir o lugar de Maria Flor Pedroso na Informação. Solução interna, tem qualidades para o lugar, que não lhe é nada estranho, e é respeitado na redação. A ver vamos se a ERC ainda volta atrás no seu chumbo. E a ver vamos se, se concretizar a sua nomeação, as cascas de banana no seu caminho e se a dureza e a complexidade de ter duas tarefas desta responsabilidade nas suas costas o deixarão fazer um bom trabalho. Só uma pergunta: Carlos Daniel, que pode voltar à direção, já está motivado para vestir a 100 por cento a camisola da estação pública?
