
À hora que escrevo esta crónica Dolores Aveiro continua internada no Hospital Dr. Nélio Mendonça, na Madeira. A madeirense foi vítima de um acidente vascular cerebral, a principal causa de morte no nosso país. A família Aveiro e sobretudo Cristiano Ronaldo sofrem com o estado de saúde da mãe.
O jogador português foi driblado pelo destino e vive por estes dias em sobressalto. Afinal, a sua melhor amiga e confidente tenta refazer-se de um duro golpe. A ansiedade de Ronaldo, que esta quarta-feira viajou de jato privado para o Funchal, ficou bem demonstrada pelo facto de o veículo em que seguia com Georgina Rodriguez e Cristianinho ter entrado em contramão na zona de Urgências.
Os últimos anos têm sido delicados para a matriarca do clã Aveiro: já lutou duas vezes contra o cancro da mama e em 2014 o coração pregou-lhe um susto durante um programa de televisão em Espanha.
Esta será talvez a maior provação de Ronaldo desde a morte do pai Dinis Aveiro, em setembro de 2005, vítima de problemas hepáticos e renais. Os laços e a harmonia familiar são desde sempre cultivados pelo avançado da Juventus. Aquilo que espero, à semelhança do que já aconteceu, é uma resposta rápida, fulminante, capaz de fintar o acaso, a começar já pelo jogo desta quarta-feira frente ao AC Milan.
Normalmente é ali, à flor da relva, que ele acerta as contas; que se equilibra e reinventa para seguir em frente. Sem certezas quanto ao futuro da "Mãe Coragem" vai gerindo o drama e a angústia. E agora, Ronaldo?