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Carlos Rodrigues
Carlos Rodrigues A Grelha da Semana

Notícia

O horror no Montijo

A entrevista da homicida à CMTV, horas antes de ser presa, é um documento perturbador que entra para os compêndios da maldade na História da criminalidade nacional
14 de setembro de 2018 às 12:17
Montijo
Montijo

Na semana passada, um crime particularmente horrível chocou o País. Diana Fialho, de 23 anos, combinou com o marido, Iuri, de 27, matarem a mãe adoptiva da mulher. O objectivo era ficarem-lhe com a herança, composta por algumas casas e carros. Diana e Iuri drogaram Amélia Fialho, levaram-na para a cama e mataram-na à martelada. Depois, depositaram o corpo num descampado, pegaram-lhe fogo e desfizeram-se da arma do crime e de outros objetos, como os óculos e o telemóvel. Pensavam ter cometido o crime perfeito.

Nos dias seguintes, encenaram um desaparecimento misterioso, difundindo apelos lancinantes nas redes sociais e junto das autoridades, até serem desmascarados pela polícia e presos. O que fica acima descrito é fruto de uma maldade atroz, e seria já de si suficiente para provocar em nós repulsa total.

Mas este crime ganhou contornos ainda mais macabros porque, na véspera de ser presa e acusada de homicídio qualificado, Diana deu uma entrevista à CMTV, onde descreveu a mãe desaparecida, apelou a que fosse procurada ou voltasse para casa, se tivesse fugido, e descrevia a senhora em detalhe, supostamente para ajudar na busca. A entrevista causa um profundo mau estar em todos os que a vêem, e é um dos momentos de maior maldade na criminologia nacional. Mostra também como os media podem ser usados de forma cruel por criminosos de toda a estirpe. Falar muito sobre um crime não significa inocência.

Devo confessar que sempre, até hoje, considerei ser esse o factor essencial para duvidar da culpabilidade dos Mccann no desaparecimento de Maddie. 

O fim da era dos rufias

Tomo emprestada a expressão de Moita Flores para sintetizar os últimos 4 meses da vida do Sporting, dos quais resultaram um novo presidente, o regresso aos grandes valores do clube, e o fim do projecto negro do tal gang dos rufias, liderado por um lunático perigoso. As televisões estiveram à altura da ocasião.

Segundo sol

Uma das tarefas mais difíceis de quem programa um canal é encontrar o horário certo para um determinado produto. As novelas que a SIC tem emitido à meia-noite têm sido um sucesso. Agora, Segundo Sol estreou com muita força, num horário cuja importância para a estratégia da nova SIC já aqui foi analisada. A batalha da meia-noite pode continuar a dar frutos.

Em lume brando

Está muito diferente (e mais longo), o Pesadelo na Cozinha. Ljubomir diz que o programa está mais humano, mas na verdade está mais delicodoce. É uma espécie de pesadelo confitado. Onde havia dureza, passou a haver abraços, e os donos do restaurante até foram às compras a uma superífície comercial, a qual, naturalmente, é a grande patrocinadora do formato. Nada contra, pelo contrário. Isso faz parte do negócio. Mas o realizador Manuel Amaro da Costa, alma do projecto, deve ter cuidado: ceder demasiado pode matar o Pesadelo. Aguardemos. 

E luz para o novo chefe?

Na apresentação das novas apostas, a SIC deu mais um passo na difícil tarefa de alterar radicalmente o discurso sem perder a face. Durante anos, o tema foi "ganhar o share comercial". Agora, isso tem de mudar, rumo à liderança pura e simples, e não é fácil corrigir o tiro. A cerimónia foi mais uma etapa nesse árduo caminho. Já agora: na SIC Notícias, deixar Daniel Oliveira no lusco-fusco tinha algum propósito específico?

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