
1. Na semana em que o ‘Big Brother’ alcançou o seu melhor resultado na TVI, mais de 1 milhão e 300 mil espectadores, destronando (e bem) o Agricultor, o que fez a SIC, líder incontestável de audiências? Decidiu transmitir o final de Nazaré precisamente no domingo seguinte, alcançando um novo máximo: 1 milhão e 652 mil espectadores. E o que vai fazer a estação de Paço de Arcos também neste domingo, após "reduzir a cinzas" o ‘reality show’ de Cláudio Ramos? Transmitir o primeiro episódio da segunda temporada da novela protagonizada por Carolina Loureiro.
Faz bem. A guerra em televisão é mesmo assim e mostra, com esta estratégia, que há muito respeito da SIC pela TVI, que continua a crescer (lentamente) mês após mês, mas que mostra debilidades gritantes, da informação ao entretenimento. Tantas… que ‘Domingão: Especial Verão’, formato igual ao histórico ‘Somos Portugal’, mas com a mais-valia João Baião, chegou, viu e venceu de forma tranquila. Incrível.
Ainda sobre ‘Nazaré’, é uma história simples e centrada em Carolina Loureiro, jovem que está a dar os primeiros passos como atriz, mas é um sucesso. Ponto final. Outras, como ‘Quer o Destino’, com mais qualidade, do guião às interpretações, não chegam lá, a um patamar superior, apesar de ser líder aos sábados à noite. Há dias, ao ver um episódio desta novela da TVI, pensei: "Se ela passasse na SIC, que números faria?" Mais uns milhares, acredito.
E este trabalho merecia. Que o digam os Pedros – Teixeira e Sousa –, Luís Esparteiro e Marina Mota, por exemplo. A cena desta atriz com João Vicente, aquela em que ela fala pela primeira vez, e em lágrimas, sobre ter sido violada pelo patrão, foi sublime. Mas a dinâmica de vitória em Queluz de Baixo é, neste momento, o que é…
2. Após avanços e recuos, com ‘Quinta das Celebridades’ e ‘Casa dos Segredos’ a reunirem as preferências dos responsáveis, a TVI decidiu-se finalmente: vai apostar noutro ‘Big Brother’, já em setembro. Apesar dos bons resultados do ‘reality show’, se tivermos em conta a média do horário nobre da estação, a solução mostra pouco arrojo. Nuno Santos tem de inovar, e o tempo – como bem devia saber – corre contra si e a sua equipa.