
Um incêndio deflagrou no Museu Nacional do Brasil, o palácio de D. João VI no Rio de Janeiro, pelas 17h00 deste domingo, 2, já depois do encerramento ao público.
O alerta foi dado às 17h30 (21h30 em Portugal). Uma hora e meia depois já o fogo tinha atingido grandes proporções e afectado os três andares do prédio do Museu Nacional. No combate às chamas estiveram mais de 80 homens, de doze quarteis, apoiados por 21 viaturas.
Apesar de o número elevado de operacionais no terreno ter-se-ão perderam-se mais de 20 milhões de objectos museológicos, como peças de arqueologia e outras colecções históricas.
O presidente brasileiro, Michel Temer, reagiu ao desastre através do Twitter e mostrou grande pesar pela situação.
"Incalculável para o Brasil a perda do acervo do Museu Nacional. Foram perdidos 200 anos de trabalho, pesquisa e conhecimento. O valor para a nossa história não se pode mensurar, pelos danos ao prédio que abrigou a família real durante o Império. É um dia triste para todos brasileiros", pode ler-se na publicação.
O palácio com mais de 200 anos esteve nos últimos três anos no centro de várias polémicas.
A primeira começou com os vários cortes no orçamento que afectaram a manutenção do Museu que já apresentava sinais visíveis de má conservação, como paredes em mau estado e fios elétricos expostos.
Em 2015, o museu chegou a estar fechado durante dez dias após uma greve de funcionários da limpeza, que reclamavam salários em atraso.
O Museu Nacional, inaugurado em 1818, serviu de residência a D. João VI, de Portugal, antes da independência do Brasil, decretada a 2 de Setembro de 1822.
O palácio estava ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro e ao Ministério da Educação.