Começaram por ser apelidados de "fascistas" mas com uma música pensada para as discotecas, embalada pela new wave, os Heróis do Mar tornaram-se um caso único. Corria 1982 quando o 'Amor' mudou a música portuguesa e a cabeça de um país que passou a não ter medo de se divertir e dançar sem parar.
Tanto provocou que conseguiu. Comentários anti-semitas e racistas foram a gota de água de uma carreira de excessos para o ex-marido de Kim Kardashian ser "cancelado", perder patrocínio de grandes marcas e com elas alguns dos mil milhões de dólares. Mas como chegámos aqui? Para onde caminha, afinal, Kanye, que agora responde pelo nome de Ye, e como pode sobreviver a um mês de queda vertical.
O pensamento redutor remete-nos, paradoxalmente, para compreensões medievais do Mundo. Aos poucos vamos reduzindo o lastro de sabedoria que cultivava a diversidade de opiniões para, num só fôlego, acantonar quem pensa diferente a equipa dos fachos ou dos nazis (agora diz-se neonazis) ou dos "comunas"
"Não queremos indivíduos deste género no nosso país", disse o coronel ucraniano Sergii Malyk sobre as intenções do português ligado a organizações de extrema-direita e arguido num processo de incitamento ao ódio racial e violência em ingressar nas forças da resistência que lutam contra a invasão russa.
A ser verdade esta história, Bruno de Carvalho, que ainda não há um ano era o pastor maior de um rebanho de servos acríticos, é o exemplar único que a história do desporto vai mostrar como o maior inimigo do Sporting.