Gouveia e Melo livre para amar. Almirante consegue, finalmente, o divórcio
Cinco anos após se ter separado de Carol Costeloe, mãe dos filhos, o pré-candidato presidencial já pode casar com a namorada Cristina CastanhetaQuatro anos depois de a revista TV Guia ter dado em primeira mão que o Almirante Henrique Gouveia e Melo, de 65 anos, o “herói da vacinação” contra a Covid-19, era formalmente casado com a psicóloga Carol Maria Olga Costeloe, mas vivia maritalmente com Cristina Castanheta, uma diplomata ligada ao Partido Socialista, eis que terminou, segundo noticia a revista Vidas, do Correio da Manhã, um matrimónio que no papel durou quase 39 anos, com uma separação definitiva em 2019.
O divórcio foi oficialmente decretado e registado a 18 de março de 2025 e ocorre meses antes das eleições para Presidência da República, alto cargo a que o ex-Chefe de Estado Maior da Armada pondera candidatar-se. A decisão de divórcio dependia apenas de Carol Costeloe, mãe de Ryan e Eduardo, e esta permitiu que ao ex-companheiro ficar livre para amar e se candidatar, sem escândalos amorosos.
Carol Costeloe de Gouveia e Melo foi a companheira do ex-coordenador da task force da vacinação em Portugal, é psicóloga, tem dois filhos rapazes, o médico Ryan Melo e o informático Eduardo Melo e, apesar de ter marcado presença em programas de televisão, nunca usou o apelido Gouveia e Melo, prezando sempre a sua privacidade.
Henrique e Carol casaram-se a 22 de março de 1986, pela igreja. Uma cerimónia católica que teve lugar na freguesia de Parede, no concelho de Cascais. Carol é psicóloga e faz um trabalho notável no que diz respeito ao comportamento humano. Estudou psicologia Clínica no Open University, no Reino Unido, em 2000, Counselling no ISPA, em Portugal, dois anos depois, e fez um doutoramento em Ciências da Saúde na Universidade de Kent, novamente em Inglaterra, em 2013. Em 2020 terminou a formação em aromaterapia e reflexoterapia no Instituto Português de Naturologia.
Carol é muito precisa na definição do seu trabalho. "Trabalho com pessoas com problemas emocionais ou do foro afetivo, tais como ansiedade, stresse, depressão, problemas relacionais em casa ou no trabalho, autoestima, solidão e à procura dum sentido para a vida. Acompanho pessoas em luto, que seja por morte, separação/divórcio ou outro tipo de perdas. Dou apoio existencial a pessoas a lidar com uma doença grave, tal como o cancro ou outra doença degenerativa", explica na sua página oficial.
A agora ex-mulher de Gouveia e Melo, exerce "reflexoterapia, (a arte de detetar, prevenir e tratar desequilíbrios do organismo, mediante a utilização de áreas reflexas) com o complemento de óleos essenciais. “Trabalho em unidades de saúde e de ensino e dou formação, apoio emocional e supervisão a profissionais de saúde que lidam de perto com a morte e o sofrimento", refere.
Fala fluentemente inglês, português e francês e em 2007 editou o seu primeiro livro: 'Viva a Vida! Um conto sobre a vida e a morte', descrito como "um veículo de extrema utilidade para apoiar crianças com doenças terminais, assim como os seus familiares e pessoas próximas".
Carol é ainda membro do Conselho de Administração na empresa AMARA, "uma associação sem fins lucrativos que se propõe contribuir para o acompanhamento existencial de pessoas com doenças graves, crónicas e progressivas e das suas famílias".
Com o divórcio formal, as portas ficam abertas para Cristina Castanheta ser a próxima senhora Gouveia e Melo e, quem sabe, se um dia a Primeira Dama de Portugal. Filha de pai madeirense e de mãe transmontana flaviense, Maria Cristina nasceu a 19 de janeiro de 1965 em Lisboa (tem 60 anos) e nunca se casou.
Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Ingleses e Alemães pela Universidade Nova de Lisboa, e teve entrada direta, em 1994, na carreira diplomática, onde foi adida de embaixada, depois secretária de embaixada, até ser chamada a assumir responsabilidades na área da Defesa e da Segurança Nacional em janeiro de 2004, tendo passado, durante o primeiro Governo de José Sócrates a chefiar a Divisão na Direção de Serviços das Organizações Económicas Internacionais da Direção-Geral dos Assuntos Multilaterais.
Depois dessa última nomeação, a carreira de Maria Cristina Xavier Castanheta foi sempre a subir: passa pelos Assuntos do Mar e do Ambiente, pela área das Organizações Económicas Internacionais e em 2010 está colocada na embaixada portuguesa em Londres como Conselheira de Negócios, num posto que a posiciona como sendo a número quatro da representação diplomática portuguesa na Grã-Bretanha.
Ali fica até 2015, a maior parte do tempo a trabalhar com o conceituado Embaixador João de Vallera e em articulação com o Cônsul Fernando D’Orey Figueirinhas e o conselheiro económico Luís Miguel Fontoura.
A chegada de António Costa ao poder, em finais de 2015, faz com que Maria Cristina Xavier Castanheta, sempre próxima da família socialista, regresse a Portugal e assuma funções como Chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Defesa Nacional, o socialista Marcos Perestrello, número dois do ministro José Azeredo Lopes, entretanto exonerado.
Sendo quadro interno do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Cristina é requisitada pelo ministro Augusto Santos Silva, o braço direito do primeiro-ministro António Costa e um homem que conhece como poucos a máquina e os bastidores do PS, para trabalhar no seu gabinete. Em janeiro de 2020, a seu pedido, a diplomata pede a exoneração do cargo e deixa o Governo. Mês e meio depois estoira a pandemia da Covid-19 em Portugal.
Enquanto preparam o casamento, o discreto casal continua a viver junto como namorados, sendo ele, segundo algumas sondagens, o favorito à vitória e poderá ser o próximo Presidente da República portuguesa.