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Lá vamos nós outra vez! Escândalos amorosos em empresas fazem mais uma vítima, e desta vez é o 'tubarão' da Nestlé

CEO da gigante multinacional foi demitido após ter sido apanhado num caso com uma funcionária, não comunicado à Nestlé. Só neste ano, já foram três as situações do género
Por Rute Lourenço | 02 de setembro de 2025 às 10:43
Laurent Freixe (à direita) foi demitido após ser descoberto caso amoroso Foto: Flash

O caso é tão recorrente que só nos últimos meses já é possível enumerar três situações, que atingiram grandes proporções, à escala internacional. Quem não se lembra da forma como Paula Amorim começou o ano de 2025, a dar um murro na mesma depois de ter descoberto que o CEO da Galp Filipe Silva mantinha um affair com uma diretora da empresa, que dependeria deste hierarquicamente, resultando num conflito de interesses. 

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Após a abertura de um processo interno, de esmiuçado o caso,  a polémica assumiria dimensões tais que Filipe Silva, encurralado, apresentaria a demissão. 

Filipe Silva; Paula Amorim Foto: Flash

Mais recentemente, é impossível já nos termos esquecido do vídeo, que virou paródia, durante um concerto dos Coldplay em que o CEO da Astronomer, Andy Byron, era apanhado em flagrante com a amante, por sinal diretora de Recursos Humanos da mesma empresa, em pleno espetáculo, por uma câmara que procura casais apaixonados. O fim foi o mesmo de Filipe Silva, com este a apresentar a demissão, pedindo desculpa, na derradeira humilhação, à mulher e aos filhos, que assistiram ao momento viral ao mesmo tempo que o resto do mundo.

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Agora, a polémica estoira numa das maiores empresas de produtos alimentares do mundo, a Nestlé, que demitiu o seu CEO, Laurent Freixe, após denúncia de que este mantinha um relacionamento amoroso com uma funcionária, sua subordinada direta, e que não tinha sido comunicado à empresa. A multinacional Suíça explicaria, no seu comunicado, que a relação amorosa representava uma violação ao código de conduta e que a demissão era um "procedimento necessário" para manter os "sólidos pilares da empresa", sendo que, desta forma, a empresa colocaria fim a uma ligação de décadas com Laurent Freixe, que já estava na Nestlé há quatro décadas, mas só em setembro do ano passado havia ascendido ao cargo de CEO.

Laurent Freixe foi demitido do cargo de CEO da Nestlé Foto: Flash
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MÃO PESADA E FRONTEIRAS

Os casos têm levado a um debate público cada vez mais acalorado sobre a tolerância zero das empresas face a situações deste tipo. E se por um lado muitos concordam que regulamentar e vigiar o que se passa dentro das paredes dos locais de trabalho é a única forma de manter um ambiente equilibrado e justo, outros consideram, por outro lado, que se está a pisar una fronteira ténue sobre a linha em que termina a esfera do trabalhador e começa a sua vida pessoal.

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Aquando da demissão de Filipe Silva, da Galp, entre alguns aplausos, um coro de críticas, essa questão chegaria a ser levantada, questionando-se se, e não se tratando de um caso de assédio moral e sexual, até que ponto a empresa não estaria a imiscuir-se numa zona cinzenta, e mais privada e se a questão do conflito de interesses era real ou, no fundo, um pouco instrumentalizada.

O caso também seria questionado pela Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal, que afirmou que o escândalo amoroso na Galp não passou, afinal, de "um golpe de teatro".

Paula Amorim Flash
Paula Amorim Foto: Medialivre
Paula Amorim Flash
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"De tempos a tempos, a presidente do Conselho de Administração [Paula Amorim] interrompe o seu estado de completa ausência no que à empresa diz respeito para fazer o anúncio da expiração do prazo de mais um presidente da Comissão Executiva e que outro lhe seguirá. Desta vez, não obstante um eventual incumprimento do Código de Ética ser grave, surgiu na comunicação social uma precisa e pouco usual fuga de informação (...) Tudo podia ter sido resolvido no remanso dos gabinetes, como é normal".

Críticas ferozes que se estenderam à gigante polémica em torno do concerto dos Coldplay. Afinal, representaria o caso um problema interno para a empresa ou deveria ter sido um assunto resolvido em privado, pelos visados? Sobre a polémica, Rodrigo Guedes de Carvalho acabaria por reagir publicamente para condenar o circo mediático a que os envolvidos foram vetados.

Rodrigo Guedes de Carvalho critica Chris Martin e concerto dos Coldplay Flash
CEO e diretora de RH da Astronomer flagrados num concerto dos Coldplay Flash
CEO da Astronomer apanhado a trair a mulher em concerto dos Coldplay Flash
CEO apanhado na "kiss cam" com outra mulher num concerto dos Coldplay Flash
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"O que se passou no concerto dos Coldplay é uma triste vergonha, sim, mas não do homem e mulher filmados contra vontade. É uma vergonha da máquina dos Coldplay, que achou boa ideia fazer este número de circo (quantos mais malabarismos para esquecer a irrelevância musical).  Foi uma agressão. Aquele homem e aquela mulher sofreram bullying global. O que torna tudo ainda mais triste é perceber que o bullying é selectivo. Dependendo das vítimas. Ouvimos bem a revoada de risos e aplausos por se tratar de um CEO apanhado numa infidelidade. Ah, a saborosa vingançazinha moral, ah, a prova dos males do capitalismo. Talvez contassem com solidariedade se fossem um par com outras características... Quero lá saber quem são. São vítimas de uma fúria de entretenimento bacoco que consiste em expor os outros e apontá-los ao escárnio da aldeia."

A julgar pelos episódios recorrentes este é um debate que promete continuar na ordem do dia.

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