
Não foi só o mediatismo do 'Extremamente Desagradável', nem tão pouco o polémico processo dos Anjos ou os seus espetáculos ao vivo, mas – e apesar de ainda estarmos em outubro – se tivéssemos de eleger um nome que foi repetido à exaustão durante o ano de 2025, o de Joana Marques, se não ocupasse o primeiro lugar, estaria certamente no pódio. Foi o ano da consagração da 'baixinha' da Renascença que se assume cada vez mais como o rosto do humor em Portugal, o que fez também disparar a curiosidade em torno da sua vida, que Joana blinda melhor do que ninguém. É que se ela não se coíbe em partilhar histórias engraçadas dos dois filhos Xavier, de 8 anos, e Nicolau, de 5, os seus rostos jamais foram expostos e tudo o que se sabe é apenas aquilo que a humorista quer mostrar. A exceção é, talvez, o casamento com Daniel Leitão, numa realidade exposta porque, na verdade, ambos têm carreiras visíveis.
Trabalham os dois como humoristas, os dois na Renascença, em algo que já não fará mossa ao casal porque quase sempre viveram esta dinâmica. Estão juntos há mais de 15 anos, conheceram-se quando ambos ainda estudavam guionismo e, volta e meia, partilharam o mesmo local de trabalho.
Numa relação sólida e duradoura, os dois não têm dúvidas de que foi um sentido de humor muito semelhante a uni-los, uma vez que divergem numa série de outros pontos. "O Daniel é a calma e eu a tempestade. Somos muito diferentes em muita coisa, mas o sentido de humor une-nos. Achamos graça às mesmas coisas."
Na vida social, Joana é a mais recatada. Avessa a grandes saídas, prefere a casa a um convívio na noite, numa diferença em relação ao marido, o mais sociável da família. "Somos de clubes distintos. Sou social e gosto de sair à noite, ela é caseira e lá dentro tem 85 anos mas temos muito mais outras coisas que nos unem", já partilhou Daniel, que mede 1,98 metros enquanto Joana 1,53m.
Sobre o seu primeiro encontro, Joana Marques recordou, em entrevista a Júlia Pinheiro em 2022: "Foi num restaurante indiano. Estive o tempo todo a transpirar e ainda hoje ele diz que me deu imensos calores. É mentira, foi mesmo só o caril".
Anos mais tarde, já a namorar, viriam a trabalhar juntos no programa 'Altos e Baixos', do canal Q, uma dupla referência que brinca com a grande diferença de estatura entre os dois. Joana já explicou que foi este o programa que deu o 'mote' para o 'Extremamente Desagradável'.
Sobre a forma como se conhecerem, as teorias podem divergir, mediante o tom de brincadeira que os dois apliquem, mas Daniel Leitão já partilhou a sua versão dos acontecimentos.
"Foi o facto de não ser magro que me trouxe a Joana", brincou Daniel Leitão, em entrevista às 'Três da Manhã'. "Ela e outra pessoa que era a Ana estavam a fazer uma curta-metragem e precisavam de alguém para fazer o papel de gordinho (...) Depois, olhei e ela estava perto do catering a ver os bolos e eu pensei: 'alma gémea'".
Quando Inês Lopes Gonçalves perguntou se se apaixonaram logo, Joana respondeu: "Não, foi preciso esperar aí uns 7 meses", ao que Daniel retorquiu: "Atenção, pela Joana tinha sido tipo 2 horas. Se nos tivéssemos conhecido em 2024, eu tinha motivos para acusar a Joana de assédio".
Discreta e avessa ao mediatismo, Joana Marques admite que "aparecer" foi a consequência natural - e não programada - de fazer aquilo que gosta, algo que tenta gerir da melhor maneira, entre a noção de que entre o que quer preservar e a sua vida exposta, por vezes há que satisfazer a curiosidade dos fãs, o que habitualmente acontece em registo de humor.
Durante uma conversa com Manuel Luís Goucha, Joana Marques deixou escapar, por exemplo, algumas curiosidades sobre si. Desorganizada no que diz respeito a burocracias, afirma que acumula multas da Emel, e que é o marido quem organiza a contabilidade lá de casa e que tem tendência para ser hipocondríaca.
"Sofri um bocadinho no início da pandemia, ainda por cima estava grávida e pesquisava obsessivamente sobre notícias de grávidas com Covid", confidencia, acrescentando que consulta anualmente vários especialistas e já foi algumas vezes às urgências desnecessariamente.
"Já varias vezes fui ao hospital a achar que estava a morrer, mas não tinha nada. Foi uma vergonha."
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Além disso, Joana, afirma o marido, não consegue estar um minuto afastada do telemóvel.
Com uma rotina muito preenchida, a humorista, que começa cedo na rádio e acumula outros projetos já fez saber que, porém, o final do dia é sagrado para dedicar aos filhos, no caos saudável em que se transforma a sua casa à hora de jantar.