'
THE MAG - THE WEEKLY MAGAZINE BY FLASH!

O todo poderoso Juan Carlos: como ele mexe os "cordelinhos"... à distância e continua a mandar na família real

Caiu em desgraça, vive exilado e muito longe do seu país e é o filho Felipe que hoje está sentado no trono de Espanha. Mas na verdade, nada o derruba. O rei emérito apenas perdeu algum poder político. A última palavra no que respeita à família continua a ser dele e move-se bem nos bastidores, devido aos fiéis e influentes amigos que continuam a prestar-lhe vassalagem. Juan Carlos ainda é soberano!
Ana Cristina Esteveira
Ana Cristina Esteveira
17 de fevereiro de 2022 às 23:57
Juan Carlos
Juan Carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
pub
Juan carlos
Juan carlos
Juan Carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos
Juan carlos

Mais do que monárquicos, muitos espanhóis (talvez até a maioria) eram Juan Carlistas, ou seja, grande parte dos súbditos admiravam a figura de Juan Carlos, um rei que soube reunir a admiração do povo pelo seu papel na história recente de Espanha. Apesar de tudo o que veio a acontecer e a descobrir-se em relação ao monarca, são muito poucos os que não reconhecem a importância que o atual rei emérito teve na transição do país para a democracia após a morte do general Francisco Franco, em 1975. Juan Carlos desempenhou também um relevante trabalho diplomático em prol de Espanha. Tirando-a das trevas de uma ditadura rumo ao progresso e à modernidade internacional. Nada conseguirá apagar isso!

Durante décadas, Juan Carlos não contou apenas com o apoio incondicional do seu povo. Teve também a imprensa do seu lado e de toda a classe política. Evidentemente que toda a unanimidade que conseguiu reunir em torno de si, facilitou-lhe sobremaneira o reinado.  A imagem que se construiu ao longo dos tempos foi a de um rei competente, patriota, que colocava Espanha acima de tudo e de todos. Era, além de mais, um homem com uma imagem agradável, simpático, de trato fácil, acessível, bonacheirão e muito próximo do povo.

A carregar o vídeo ...
Juan Carlos em sofrimento no exílio

O PAPEL MAIS DECORATIVO DE FELIPE VI

A sua posição como a mais alta figura do Estado e todo o poder que detinha aproximou-o de uma elite também ela com poder que dominava (e domina) os setores-chave da sociedade espanhola. Ajudou e foi ajudado. Favoreceu e foi favorecido. Encobriu e foi encoberto. Ao longo do seu reinado, Juan Carlos fez muitos amigos importantes, amigos esses que continuam a seu lado e que não lhe viram as costas. Amigos influentes que continuam a ver nele um rei, embora ele já tenha abdicado em favor do filho, em 2014. Oficialmente, terminou ali o seu reinado de 38 anos, mas há quem considere que é ele que continua a pôr e dispor e que Felipe VI, apesar de toda a sua boa-vontade, tem um papel mais decorativo e institucional. Está longe de ter o carisma do pai e está a anos luz da sua astúcia. É quase certo que Juan Carlos, até pela sua personalidade, continua a influenciar os desígnios do país, mesmo quando está a milhares de quilómetros de distância da sua pátria, a viver um exílio forçado nos Emirados Árabes Unidos e esteja envelhecido e doente.

A carregar o vídeo ...
Imprensa espanhola aponta novo local de exílio de Juan Carlos

Aconselhado por Letizia, Felipe tem feito de tudo para romper com o reinado do pai, distanciar-se da sua imagem e de todos os escândalos que, entretanto, vieram a público e que arrastaram o nome de Juan Carlos para a desgraça. Mas ainda assim, Felipe continua a ser muito mais apagado que o seu antecessor. Percebe-se a sua determinação em recuperar a imagem da monarquia, mas só com a morte do pai é que o atual monarca terá a oportunidade de sair da sombra e, então, aí sim, talvez, começar a ser visto como um verdadeiro rei. Há uma herança, tanto para o bem como para mal, que Felipe não consegue suplantar. Que ninguém lhe gabe a difícil tarefa que foi suceder a um homem como Juan Carlos.

OS ESCÂNDALOS QUE LHE MANCHARAM A REPUTAÇÃO

Em Espanha, há quem se interrogue como é que Juan Carlos deitou tudo (ou quase tudo) a perder por causa da sua ganância, como disse em entrevista à The Mag a jornalista Pilar Eyre que tanto sabe dos Borbón e de todos os bastidores do Palácio da Zarzuela. Disse a especialista que a falta de dinheiro na sua juventude tornou-o um homem ávido de poder. Mesmo tendo muito, nada lhe parecia suficiente, opina Eyre. E foi essa a razão pela qual se deixou corromper ao ponto de ser incriminado em diversos crimes, como corrupção, lavagem de dinheiro, suborno e tráfico de influências. Mas como se isso não bastasse há outros escândalos que mancharam a reputação real: os múltiplos casos extra-conjugais, a prisão do marido da infanta Cristina por envolvimento no caso Nóos e as caçadas em África.

A carregar o vídeo ...
As revelações da ex-amante de Juan Carlos analisadas ponto a ponto

Embora, caído em desgraça aos olhos de muitos espanhóis, especialmente dos das gerações mais novas, o nome de Juan Carlos ainda suscita respeito pelo poder que se sabe que não perdeu. A sua debilidade física é inversa à força que ainda detém nos meandros da política e da alta finança.

Também no seio da família, ainda é Juan Carlos quem decide. Isso ficou bem patente com a recente traição de Iñaki Urdangarín. Perante o imenso escândalo, a quem é que a infanta Cristina se apressou a ligar? Ao pai, claro está. E é o rei emérito que, à distância, tem orientado a filha e a dizer-lhe como gerir toda esta situação deveras humilhante. Entretanto, Cristina já viajou para Abu Dhabi para que o rei emérito lhe explicasse tim-tim por tim-tim como agir doravante. Também foi ele que já fez saber que o ainda genro não levará nem mais um tostão de Cristina.

Juan Carlos é, quer se queira ou não, o verdadeiro patriarca e, apesar de todos os erros cometidos ao longo dos anos, ninguém se atreve a negar-lhe esse papel. Mesmo que alguém tivesse essa veleidade, não há ninguém que soubesse assumir tal posição. Na família e no país. Aos 84 anos, continua a ser uma personalidade incontornável de Espanha. 

 

 

você vai gostar de...


Subscrever Subscreva a newsletter e receba diariamente todas as noticias de forma confortável