Acidente que matou Sara Carreira está filmado e polícia quer as imagens
O Ministério Público de Santarém quer apurar toda a verdade sobre o que se passou entre o quilómetro 60 e 61 da autoestrada A1. Câmaras de vigilância da Brisa podem contar a história de todo o acidente que vitimou Sara Carreira.
Ainda se precedia à limpeza das centenas de destroços espalhados ao longo da A1 já a GNR tinham elaborado o pedido formal à Brisa - o procedimento envolveu um requerimento por parte do Ministério Público de Santarém, que tutela a investigação - para ter acesso às imagens de videovigiância do troço da autoestrada A1 onde ocorreu o brutal acidente que ceifou a vida a Sara Carreira.
Por se tratar de um acidente com uma vítima mortal e podendo haver o crime de homicídio por negligência, as autoridades querem apurar os exatos momentos dos três embates que aconteceram bem como estimar as velocidades dos veículos envolvidos. E as imagens são fundamentais para ajudar neste processo.
O inquérito que decorre também terá em conta os testemunhos de Ivo Lucas (internado no hospital de Santa Maria), que ia a conduzir o Land Rover onde Sara Carreira faleceu, da fadista Cristina Branco - a primeira acidentada - e de outro automobilista que na mesma altura conseguiu passar entre os destroços sem acertar em ninguém.
COMO TUDO ACONTECEU
A sucessão de choques ocorreu entre as 18h35 e as 18h45, numa altura em que chovia bastante e a visibilidade era reduzida. O INEM recebeu várias chamadas de testemunhas da tragédia. A fadista Cristina Branco conduzia uma carrinha Volvo que se terá despistado, ficando imobilizada no centro da A1, sem luzes. A cantora e a filha de dez anos fugiram para o separador central. Algum tempo depois aparece o carro de Ivo Lucas, que surpreendido pelo obstáculo na via tentou evitar a colisão, mas ao desviar-se bateu com a roda na roda do carro da artista, entrando em capotamento por várias dezenas de metros.
Quando o jipe parou, um outro carro, alegadamente um Fiat Palio, colidiu com violência precisamente no lado do "pendura" do Range Rover, onde viajava Sara Carreira. Este veículo terá mesmo tido um princípio de incêndio.
Um outro veículo acabou por embater na traseira da Volvo de Cristina Branco.
A equipa do Núcleo de Investigação de Acidentes de Viação da GNR de Santarém é composta por um sargento e quatro guardas e tem agora a árdua tarefa de juntar todas estas peças do puzzle para explicar como aconteceu verdadeiramente esta tragédia.